A economia descarbonizada é mais uma alternativa para ‘salvar’ o planeta, já que com os gases do efeito estufa acelerando o aquecimento global, o planeta Terra está cada vez mais perto de um colapso ambiental.
Pensando nisso, cada vez mais, a economia busca uma forma sustentável de continuar as suas atividades. Por conta do estilo de produção desenfreado que existe desde a revolução industrial, os recursos vão se tornando cada vez mais escassos e o planeta cobra um preço pelo uso indevido dos seus recursos. Os dias mais quentes, as chuvas fora de época, tudo isso são consequências do aquecimento global, que foi acelerado pelo ser humano.
Sem ter outra escolha, o mercado está desesperadamente procurando outras alternativas para frear o aquecimento e mudar as suas práticas. O MT Econômico já publicou algumas matérias sobre o assunto, como: a Economia Circular, a Economia Verde e o Hidrogênio Verde. Essas são algumas das medidas tomadas para tentar reverter a situação em que o planeta se encontra.
Atualmente, mais um tema entrou em discussão, a Economia Descarbonizada, que tem como objetivo reduzir os efeitos causados pela produção desenfreada.
Economia Descarbonizada
A descarbonização da economia ou Economia Descarbonizada, nada mais é do que o processo de redução progressiva dos gases do efeito estufa na atmosfera. O objetivo é alcançar emissões líquidas 0 até meados deste século.
Com esse pensamento em mente, governos ao redor do mundo estão trabalhando em conjunto com grandes empresas e marcas para que esse objetivo seja alcançado. As COP’s (Conferência das Partes) são uma dessas medidas, apesar de possuir maior destaque atualmente, não é a única.
Recentemente, está tramitando no Senado brasileiro um Projeto de Lei (PL) para tratar sobre o dióxido de carbono (CO2), que é um dos gases de efeito estufa.
O CO2 existe naturalmente na atmosfera, o problema é que ele também é emitido através da queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, e em algumas produções industriais. Por isso, cada vez mais está sendo incentivado o uso de combustíveis alternativos, para veículos – como o etanol, mas apenas uma medida não irá interferir no curso em que o planeta está indo.
Mais alternativas precisam ser pensadas e aplicadas, o quanto antes. O PL 1425/2022 é uma dessas alternativas que estão sendo pensadas, pelo menos para o Brasil.
Projeto de Lei 1425/2022
A Comissão do Meio Ambiente (CMA) aprovou na última semana um Projeto de Lei (PL) que restringe o armazenamento de dióxido de carbono (CO2) em reservatórios geológicos ou temporários e o seu possível reaproveitamento.
O redator do texto foi Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) e de acordo com ele, é importante aprender a lidar com os desafios da transição energética e promover a ampliação de novas condições para as fontes renováveis, descarbonizando assim os setores mais difíceis de redução de emissão de gases.
O objetivo do PL 1425/2022 é buscar uma alternativa para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa e posteriormente realizar o reaproveitamento desses gases. Para isso, o PL incentiva a adoção de tecnologias de captura, transporte e armazenamento de CO2, seja de forma temporária ou permanente, em reservatórios geológicos.
O armazenamento geológico do CO2 é uma solução promissora para a redução das emissões na atmosfera. O PL prevê ainda que as atividades de armazenamento serão exercidas através de outorga do Poder Executivo e a intenção é que com a exploração de fontes energéticas as emissões de carbono sejam reduzidas ou negativadas.
O senador Jayme Campos (União-MT) também acredita nessa alternativa e a incentiva. Especialmente, por já haver interesse de grandes empresas em realizar a descarbonização em Mato Grosso.
Descarbonização em Mato Grosso
O senador Jayme Campos acredita que esse novo marco regulatório à descarbonização pode atrair investimentos vultosos na economia. Embora não tenha dado maiores detalhes, o senador informou que em Mato Grosso, já existem empresas de porte que estão interessadas nesse novo mercado.
Segundo Campos, em Mato Grosso há muitas indústrias de etanol aguardando a aprovação do PL 1425/2022 — informou em entrevista para a Agência Senado.
Especialistas que debateram essa proposta do PL 1425/2022 na Comissão de Infraestrutura (CI) avaliam que ela pode gerar R$ 20 bilhões em receitas para o Brasil.
Até o momento da publicação desta matéria, o Projeto de Lei 1425/2022 havia sido aprovado em Matéria Terminativa e levado a Interposição de Recurso a decisão.
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