O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), ainda não anunciou nenhuma decisão acerca do contrato com o Consórcio BRT. Na semana passada ele havia se comprometido a apresentar uma decisão definitiva. No entanto, o adiamento tem uma explicação: Mendes pediu à Procuradoria aval sobre a decisão final, que será tomada com base em critérios técnicos.
“Vou tomar essa decisão o mais rapidamente possível quando sentir segurança em todas as informações que pedi. Existem vários técnicos trabalhando nisso. Eu não vou ficar falando antes de ter uma posição muito bem estudada e muito bem decidida”, afirmou.
Como ele justificou, apesar de a opinião pessoal ser favorável à rescisão, ele explica que como chefe de Estado, existe uma responsabilidade que pesa sobre a decisão. “Para mim é fácil fazer as coisas e depois deixar contas para o Estado pagar, perdendo uma ação na justiça daqui 5, 10, 15 anos. Então, estamos conduzindo tecnicamente esse assunto. Os procuradores e os técnicos estão debruçados nisso há 15 dia para que saia uma decisão madura e segura”.
Na semana passada, o governador reconheceu atrasado nas obras de implementação do novo modal de transporte em Cuiabá e Várzea Grande, e disse estar cogitando o rompimento do contrato com o consórcio.
Como já noticiado aqui no MT Econômico, o conselheiro Sergio Ricardo, presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), acredita que não vale a pena continuar insistindo no consórcio e recomendou que Mendes rescinda o contrato e realize uma licitação emergencial para contratação de nova empresa.
Para ele, o consórcio não tem condições estruturais e financeiras de continuar tocando a obra. Além do mais, frisa que a tendência é que a obra acabe ficando ainda mais cara para o governo do Estado se continuar com as empresas atuais.
Mendes, contudo, volta a frisar que é preciso agir com cautela, apesar de já ter colaborado de todas as formas com a empresa, com mais de 50 notificações. “O tempo da desculpa acabou, até porque em outubro nós fizemos uma repactuação com eles considerando esses problemas que houve. Nós repactuamos um prazo com eles e a partir daí eles deveriam estar cumprindo. Mas novembro não cumpriu, dezembro não cumpriu e janeiro praticamente parou. Então, é diante disso que nós estamos nesse momento finalizando as análises para decidir. Para quem já perdeu esse tempo todo, eu prefiro perder mais um dia, dois ou mais uma semana para tomar uma decisão madura para não penalizar o Estado”, finalizou.
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