O governador Mauro Mendes (DEM) no intuito de diminuir as despesas do estado, está estudando a possibilidade de vender a dívida com o Bank of America para o Banco Mundial em dólar. Se conseguir, Mauro vai economizar R$ 200 milhões para os cofres do Estado por ano e a prestação deve cair para R$ 60 milhões.
Essa conta foi feita pelo ex-governador Silval Barbosa no valor de U$ 479 milhões em 2012, para negociar parte de pendência de R$ 5 bilhões que o Estado tinha com a União, por meio da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Na gestão de Pedro Taques a dívida dolarizada foi paga, mas ainda faltam 12 parcelas das 20.
Mauro já se reuniu inclusive com representantes do Banco Mundial para alongar a dívida e diminuir os juros, contudo o Estado deve pagar ainda R$ 280 milhões ao Bank Of América em 2019.
Segundo Mauro, em caso de negociação com o Banco Mundial, o valor cai, pois os juros serão reduzidos. “Essa prestação cai em torno de R$ 60 milhões ao ano. Isso dá uma folga de quase R$ 200 milhões no caixa [até o fim do pagamento dos U$ 479 milhões]”, declarou.
No entanto, para que o Banco Mundial aceite negociar a dívida, o democrata ressaltou que a entidade passa uma “lição de casa”. “É assim que ele se comporta no mundo inteiro, onde ele financia governos e agentes públicos”, disse.
“É um banco de desenvolvimento, financiado por alguns grandes países, então há regras a se cumprir. Se cumprirmos as regras, vamos ser ajudados. Se não cumprirmos, não seremos ajudados”, acrescentou.
Entre os pontos que Mauro pretende utilizar como argumento para mostrar ao Banco Mundial que está fazendo a “lição de casa” está o “Pacto por Mato Grosso”, pacote de medidas aprovadas na Assembleia na última quinta-feira (26).
“O Banco Mundial tem regras claras, que vamos divulgar oportunamente quais são, pois agora não as tenho, mas certamente é preciso mostrar que está buscando o equilíbrio. Nenhum banco dá dinheiro para quem não tem condição de pagar”, afirmou.
“Se hoje, o que arrecadamos não paga nem a despesa do mês, como vai pagar o financiamento que o banco está te dando? Então, ele quer ver claramente se estamos fazendo a lição de casa, que é economizar, buscar o equilíbrio, para ter condições de ele emprestar e ter condições de pagar no futuro”, completou.
Mauro ressaltou ainda que o congelamento da Revisão Geral Anual (RGA) por dois anos, conforme definido pelos deputados estaduais, é um dos pontos que trará economia ao Estado e facilitará o diálogo com o Banco Mundial.
“Não tenho todas as regras aqui, mas me lembro que, na conversa que tivemos com representantes do Bank of América em dezembro, que uma delas era a alteração, que eles entendiam que esse era um dos grandes ofensores que o Estado tinha, que era o rápido crescimento do volume de folha de pagamento”, completou.