Agora que o prédio estadual no Distrito Industrial, será desocupado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Carga no Estado de Mato Grosso (Sindimat) o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) volta a fazer identificação de madeira no Distrito.
O Governo do Estado já tem previsão de volta de 100% do trabalho de identificação no próximo mês de junho. A informação foi dada nesta semana pelo presidente do Indea. Guilherme Nolasco à presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap), Diany Dias.
A identificação contribui de forma significativa para o desenvolvimento do estado porque atua no combate da ilegalidade da madeira; mas também na arrecadação do ICMS e na pauta em relação ao recolhimento correto da madeira; na preservação do Meio Ambiente. A importância desse trabalho passa também pela cubagem (porosidade das fibras da madeira). Essa medida vai ajudar o Estado a arrecadar certo uma vez que uma madeira mais nobre e, portanto, de maior valor de ICMS, não será confundida com outra de menor valor.
O tempo para a volta, explicou Nolasco, é pelo fato de o Sindmat ter prazo de 30 dias a partir de sua saída para retirar seus materiais. Nesse ínterim, conforme o presidente, o espaço do Distrito Industrial será readequado para a identificação da madeira e os servidores farão cursos de reciclagem na área para prestar um serviço de excelência e sem entraves. Desta forma a arrecadação com este trabalho pode chegar até R$ 20 milhões/ano.
As informações foram muito bem recebidas pela presidente do Sintap. “Sabemos que este é um trabalho mais do que necessário em um momento de fragilidade na arrecadação de Mato Grosso por conta não só do controle da legalidade da madeira quanto no incremento da arrecadação que vai ajudar o Indea a ter mais investimentos em estrutura e, consequentemente em uma melhor oferta de serviço à sociedade”, frisou.
Entenda o caso
A identificação foi suspensa com cessão do prédio do Indea ao Sindmat pelo Governo do Estado porque em 2013 houve pedido de suspensão solicitado pela base madeireira à Assembleia Legislativa. Contudo, pela volta da identificação houve ganho de causa do Sintap por duas vezes, em 2014 e 2015, porém, sem sucesso. Com isso, os índices de desmatamento dispararam e a economia estadual perdeu arrecadação.