Em 2024, entre os 188,5 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade do país, 89,1% (ou 168,0 milhões) utilizaram a Internet nos últimos três meses, sendo 90,2% em área urbana e 81,0% na área rural.
O percentual de pessoas que acessaram a Internet por microcomputador caiu de 63,2%, em 2016, para 33,4%, em 2024. Já o percentual de acesso à Internet por TV subiu de 11,3%, em 2016, para 53,5%, em 2024, ultrapassando, pela primeira vez, mais da metade dos usuários da Internet.
Em 2024, o percentual de pessoas brancas que utilizaram a Internet no período de referência foi de 90,0%, pouco maior que o das pessoas de cor ou raça preta (88,4%) e parda (88,6%). Em 2016, a desigualdade era maior: 72,6% das pessoas brancas, 63,9% das pretas e 60,3% das pardas haviam utilizado a Internet.
De 2019 para 2024, a proporção de idosos utilizando a internet subiu de 44,8% para 69,8%, a maior alta entre os grupos etários analisados.
Em 2024, entre as pessoas que utilizaram a Internet no período de referência, 10,5% acessaram o serviço gratuitamente, em estabelecimentos públicos (escolas, universidades ou bibliotecas).
De 2022 a 2024, as finalidades de acesso à internet que mais cresceram foram: acesso a bancos e instituições financeiras (de 60,1% para 71,2% dos usuários), comprar ou encomendar bens ou serviços (de 42,0% para 48,1%) e usar algum serviço público (de 33,4% para 38,8%).
Em 2024, entre os 188,5 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade do país, 89,1% (ou 168,0 milhões) utilizaram a Internet no período de referência dos últimos três meses. O meio de acesso indicado pelo maior número de pessoas foi, destacadamente, o telefone móvel celular (98,8%), seguido, em menor medida, pela televisão (53,5%), pelo microcomputador (33,4%) e pelo tablet (8,3%). Os dados são do módulo anual da PNAD Contínua sobre Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), divulgado ontem pelo IBGE.
Entre 2023 e 2024, houve aumento de pessoas que utilizaram a televisão e o tablet para acessar a Internet (3,7 p.p. e 0,7 p.p., respectivamente) e redução do uso do microcomputador (-0,8 p.p.).
O acesso à Internet por meio do microcomputador declinou de 63,2%, em 2016, para 46,2%, em 2019, até atingir 33,4% em 2024, o menor valor da série histórica. No entanto, entre os estudantes de curso superior ou de pós-graduação, mais de ¾ acessaram a Internet por meio de microcomputador em ambas as redes de ensino: 77,4% da rede pública e 77,5% da rede privada.
Já o percentual de pessoas que acessaram a Internet por meio de aparelho televisor subiu de 11,3%, em 2016, para 32,2%, em 2019, até alcançar em 2024, pela primeira vez, mais da metade dos usuários (53,5%). O uso do tablet, por sua vez, apresentou uma tendência de queda entre 2016 e 2022, manteve-se estável em 2023, e apresentou uma pequena variação positiva em 2024.
Para Gustavo Fontes, analista da pesquisa, “no período abrangido pela pesquisa, observamos mudanças importantes no uso de equipamentos para acessar a Internet. Houve um crescimento substancial do uso da televisão para esse fim, ultrapassando, em 2024, mais da metade dos usuários da Internet, o que pode refletir, entre outros fatores, o avanço das plataformas de streaming. Por outro lado, o uso do computador para acessar a Internet tem apresentado uma tendência de queda desde o início da série, apesar de uma desaceleração dessa tendência observada a partir de 2023. Entre os estudantes, já se verificou, em 2024, uma interrupção da queda no uso do computador para acessar a Internet”.
Em 2024, enquanto 72,9% dos estudantes da rede privada acessavam a Internet pelo microcomputador, esse percentual foi de apenas 29,2% entre os estudantes da rede pública. O percentual de utilização de televisão para acessar a Internet chegou a 72,6% para estudantes da rede privada, também superior ao observado entre estudantes da rede pública (53,2%).
O telefone móvel celular foi o principal equipamento utilizado para acessar a Internet pelos estudantes tanto na rede pública (97,2%) quanto na rede privada (98,6%).
ÁREA RURAL – Em 2016, ano inicial da série, 66,1% da população de 10 anos ou mais de idade havia utilizado a Internet no período de referência, subindo para 89,1% em 2024. Em 2023, 88,0% das pessoas de 10 anos ou mais haviam utilizado a Internet. Embora a utilização da Internet seja menor entre os residentes em áreas rurais, observou-se uma forte expansão de seu uso nesse grupo populacional, de 33,9% em 2016 para 81,0% em 2024. No mesmo período, os percentuais de utilização da internet em áreas urbanas subiram de 71,4% para 90,2%.
Em 2024, a região Centro-Oeste (93,1%) manteve a maior proporção de pessoas que utilizaram a Internet, ao passo que as Norte (88,2%) e Nordeste (87,2%) permaneceram com os menores resultados. Entretanto, essas duas regiões apresentaram maior expansão desse indicador em relação ao ano anterior, com aumentos de 2,9 p.p. e 3,0 p.p., respectivamente; enquanto no Sudeste a proporção de usuários teve variação negativa de 0,6 p.p no último ano. No período de 2019 a 2024, a Norte e a Nordeste registraram altas de 18,2 p.p. e 17,2 p.p., respectivamente, nesse indicador, mostrando que a desigualdade regional quanto ao acesso à Internet está diminuindo.
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