O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) é o principal responsável por realizar as pesquisas mais importantes do país e está em grande evidência com a troca da presidência, vamos entender os motivos.
Além dos dados confiáveis, a sua grande abrangência em diversos campos, permite que investidores possam realizar uma vasta pesquisa antes de decidir onde querem colocar os seus negócios ou investimentos, proporcionando um parâmetro da economia e mercado, sendo o principal provedor de informações nacionais.
Através de pesquisas que mapeiam o crescimento populacional, a inflação, o PIB, a quantidade de pessoas empregadas e desempregadas no país, dentre outros; o mercado tem dados sobre como andam diversos setores e decidem como investir e qual região do país pode ser mais rentável para o seu negócio. Diante desse contexto e da evidência que o instituto está atualmente com a troca da presidência, o MT Econômico traz aos leitores uma matéria sobre o tema..
O IBGE realiza a cada 10 anos o Censo da População brasileira, que auxilia o governo federal na escolha de quais regiões precisam de maior ajuda. A última pesquisa saiu em 2022 por dois motivos: o primeiro foi a pandemia de Covid-19 e o segundo foi o corte de verbas realizado durante o governo de Jair Bolsonaro.
O instituto está vinculado à pasta do Planejamento e Orçamento, que atualmente é administrada pela ministra Simone Tebet. Recentemente, foi anunciado a troca na presidência do instituto, o que vem causando uma série de opiniões distintas.
Troca na presidência
Na última quarta-feira, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou – sem informar Simone Tebet– a troca de Cimar Azeredo, diretor de Pesquisas e com carreira no IBGE desde 1980, por Marcio Pochmman, que já foi diretor do Ipea.
Leia também: IBGE tem troca na presidência: quem é Marcio Pochmann?
Desde o anúncio, que ocorreu na última quarta-feira (26), os economistas brasileiros parecem não conseguir entrar em um consenso. Apesar de ficar claro que é uma vitória do PT ter Marcio Pochmann como o novo presidente do instituto, muitos criticam a escolha do economista, inclusive um ex-presidente do instituto.
O economista Edmar Bacha, que já ocupou o cargo de presidente do IBGE durante 1985 e 1986, disse em entrevista à CNN que “Houve um ataque à ciência, à cultura no Brasil no governo Bolsonaro. E agora o país vai colocar como centro do sistema alguém que fez uma desastrosa administração no Ipea. É um enorme risco para a credibilidade do sistema estatístico nacional”, alegou durante a entrevista.
Bacha é contra a escolha de Pochmann para o cargo, assim como outros economistas, entretanto diversas instituições acadêmicas, como a Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (ABET), saíram em defesa da nomeação do economista.
A associação escreveu em comunicado “A estratégia de desqualificação de condutas não contribui para elevar o nível do debate público e desinforma a sociedade a respeito das reais disputas em torno das indicações para cargos de direção institucional”, o principal discurso contra o economista é que por ter uma longa filiação ao PT (desde 1980), Pochmann pode tentar manipular as pesquisas.
Entretanto, o campo das pesquisas do IBGE é amplo e de suma importância, colocar em cheque a sua credibilidade é um desserviço à pesquisa brasileira. O instituto é o principal responsável pelos estudos mais importantes do país, que norteiam desde os governos – seja municipal, estadual ou federal, até as principais cadeias econômicas.
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