O governo federal reconheceu o ‘estado de emergência’ em 58 municípios, com isso e após a aprovação do plano de trabalho, o secretário-chefe da Casa Civil, deputado Fábio Garcia, disse que espera o envio de R$ 18 milhões para o combate aos incêndios florestais que atingem praticamente todo território mato-grossense e os três biomas que cortam o Estado, a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal.
Segundo o secretário-chefe, os inúmeros incêndios espalhados pelo Estado são de origem natural, acidental e criminosa e 17 pessoas já foram presas por causar o fogo. O combo alta temperatura, tempo seco e falta de chuva, segundo Garcia, é um “combustível para que os incêndios se alastrem com facilidade”.
“Com esses recursos, aproximadamente R$ 18 milhões, serão aplicados na contratação de mais aviões, carros-pipas e equipamentos de proteção individual (EPI). Tem um plano de trabalho à espera da aprovação da União e o ministro Flávio Dino poderá nos ajudar a aprovar esse plano de trabalho”.
Ele destacou que Mato Grosso vive a maior seca da história do Brasil e uma das maiores estiagem do estado de Mato Grosso. “Aqui na Baixada Cuiabana estamos há 150 dias sem chuvas. Temos hoje incêndio em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Bolívia, Chile, Peru, Califórnia. Existe uma crise hídrica mundial afetando a todos nós. Há milhares de focos de incêndios espalhados por todo estado. Agora, imagine um estado que não chove há tanto tempo, massa seca gigantesca, alguém vai e coloca fogo, isso espalha muito rápido. Como é que o Corpo de Bombeiros vai combater? Mesmo assim, decretamos estado de emergência, colocamos os municípios com situação mais emergencial e essa situação foi reconhecida”, explicou.
ONTEM – Cuiabá registrou ontem (10), o menor nível de umidade relativa do ar no país, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o índice de 9% foi registrado no período da tarde, na capital. A previsão é que a situação de seca se repita hoje (11), e o instituto emitiu alerta amarelo (perigo potencial) para baixa umidade.