Os frigoríficos de Mato Grosso estão sofrendo com a crise. São 29 milhões de cabeças, mas com 21 indústrias habilitadas à exportação desativadas.
Ainda corre o risco de outras 7 unidades correrem o risco de serem paralisadas.
Em 2015, o aproveitamento era de 71,38% nas unidades em operação, conforme diagnóstico do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo).
A situação, debatida com o Executivo estadual há mais de 1 ano, voltou à pauta durante reunião de representantes do setor com o governador Pedro Taques (PSDB) na última quinta-feira (31). “Pedimos para o governador o aumento (de 7%) para 12% na alíquota do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado em toda saída de gado (do Estado). Para proteger a indústria, que pode entrar em dificuldade por falta de matéria-prima, uma vez que os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Pará já cobram 12%”, expõe Bellincanta.
O receio é que com a alíquota menor em Mato Grosso, a procura externa pelo gado mato-grossense aumente, provocando efeito contrário na oferta interna de animais para a indústria local. “Agravaria ainda mais uma situação que já é crítica”, avalia o vice-presidente do Sindifrigo.
Conforme ele, Taques orientou o secretário de Fazenda (Seneri Paludo) a reunir todos os agentes ligados à cadeia produtiva da pecuária para dialogarem até chegarem a um denominador comum.
Este ano, a média mensal até julho alcança 55,325 mil animais abatidos fora do Estado.