Para atender a demanda por distribuição de energia, grupos de trabalho da Energisa estão mapeando, dentro do planejamento de investimento da companhia, um mapa de calor para o crescimento econômico de Mato Grosso. Esse trabalho é feito a partir do diálogo com as prefeituras e governo do Estado, assim como conversas com empresas que estão traçando a criação de novos empreendimentos. A previsão é que sejam investidos mais de R$ 150 milhões em todas as regionais para que as redes suportem o crescimento da demanda de energia de forma planejada e estável.
A concessionária local de energia leva em conta a pujança do agronegócio estadual. O quinto Levantamento da Safra de Grãos feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta uma nova megaprodução para o país neste ano. Serão 268,2 milhões de toneladas, a maior parte soja. Dentre as regiões produtoras, Mato Grosso se destaca com quase 30% do total.
O bom desempenho consolida novamente previsões para o Estado, que deve produzir sozinho até 2030, 127,71 milhões de toneladas de grãos e carne bovina, conforme dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Hoje Mato Grosso possui 75% da produção física e industrial ligada ao agronegócio, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. Para Pedro Máximo, coordenador do Observatório da Indústria da FIEMT, o fortalecimento do agro também significa o crescimento de todo setor industrial mato-grossense.
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“O estado de Mato Grosso tem uma particularidade muito importante que a sua matriz industrial está amplamente conectada com a produção agrícola. É um setor agro pujante, puxa a indústria do Estado junto”, afirma Pedro Máximo. O coordenador também explica que dentro do setor estão inclusas a produção de etanol e biocombustíveis, adubos e fertilizantes, além de alimentos, como frigorífico.
“A gente está inserido na região que é a maior produtora rural do país. E o agronegócio tem um papel de extrema importância na nossa economia, gerando empregos no estado. Para que tenha o crescimento de negócios agrícolas, é preciso energia. Por isso, a gente investe nessas regiões”, afirma José Nelson Quadrado Junior, gerente de operações da Energisa em Mato Grosso.
No eixo agrícola do oeste-norte do Estado, a Energisa vai investir quase R$ 33 milhões para aumentar a potência de subestações em Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Diamantino. Em Sinop e Sorriso, que já tiveram obras em subestações, estão sendo instalados componentes para blindar a rede. “São equipamentos que nos auxiliam na hora de fazer intervenções pra manutenção até mesmo sem o desligamento da energia, evitando que clientes fiquem sem luz”, destacou o gerente.
Outra preocupação é com as obras da Ferronorte. A ferrovia vai cortar o Estado melhorando o escoamento da safra. A concessionária já está em contato com a empresa responsável pelo projeto, garantindo todos os recursos de infraestrutura para a construção.
Para Neurilan Fraga, presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, “a economia de Mato Grosso se destaca como uma das mais fortes do país. Impulsionado pelo agronegócio, o Estado apresenta números muito positivos, que se traduzem em desenvolvimento, contas equilibradas e maior capacidade de atrair investimentos”.