Apesar de a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), em Cuiabá, registrar o segundo recuo mensal consecutivo em 2022, atingindo 78 pontos em outubro, a pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio (IPF/MT), mostra um crescimento de 6,85% do índice no acumulado do ano, em relação ao mesmo momento do ano passado, demostrando uma melhora no ritmo de consumo das famílias na Capital.
Para o presidente da Fecomércio/MT, José Wenceslau de Souza Júnior, o crescente aumento do índice também contribui para a elevação da expectativa do empresário com relação à economia. “Entre os dez primeiros meses desse ano, apenas os últimos dois meses registraram variações negativas, o que demostra que o consumo e o volume de vendas seguem movimentando o comércio, em ritmo de crescimento para a economia local”.
Segundo análise do IPF/MT, o recuo mensal de -2,1% sobre setembro é reflexo da variação negativa tanto para as famílias que dizem receber até 10 salários-mínimos (-2,2%), quanto para as que recebem acima disso (-1,3%). No comparativo com outubro de 2021, observa-se um crescimento de 6,56%, confirmando, assim, a melhora na intenção de consumo frente aos recentes recuos da pesquisa.
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Wenceslau Júnior explica que mesmo com o índice permanecendo abaixo da zona de satisfação da pesquisa, que é de 100 pontos, a expectativa é promissora com a chegada do fim de ano. “A ICF apresenta um cenário promissor, registrando crescimento no acumulado de janeiro a outubro desse ano, o que projeta um aumento anual, mesmo com quedas pontuais”.
Entre os subíndices avaliados na pesquisa, apenas um apresentou melhora, o de Emprego Atual, de 0,3%, o que vem ocorrendo desde o mês de março deste ano. Entre os entrevistados da pesquisa, cerca de 44,9% se sentem mais seguros em seus empregos se comparado ao ano passado, o que acaba estimulando o consumo no longo prazo.
Para o Instituto da Pesquisa, há uma expectativa de aumento nas vendas, por parte dos empresários, com a aproximação das principais datas comemorativas do comércio, como a Black Friday, Natal e liquidações de início de ano.
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