O projeto Rentabilidade, do Senar-MT e do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgou a primeira projeção do custo de produção para a soja da safra 2024/25 no estado, que aponta ligeira alta na comparação anual em relação a atual temporada.
As alterações nos indicadores, como destacam os analistas do Imea, foram pautadas pela modificação do pacote tecnológico aplicado à soja. Desse modo, o custeio para a temporada ficou estimado em R$ 4.165,50/ha, aumento de 0,99% ante o consolidado da safra 2023/24.
“Os principais aumentos vieram no corretivo de solo (+41,54%), fungicida (+22,25%) e mão de obra (+38,87%), no entanto, outros indicadores apresentaram recuo nesta primeira estimativa, como: semente de soja (-1,28%), macronutriente (-3,33%), herbicida (-14,82%) e inseticida (-12,12%). No que tange ao Custo Operacional Efetivo (COE), esse apresentou alta de 1,46% ante a safra 2023/24, ficando projetado em R$ 5.716,20/ha. Por fim, no que se refere ao Custo Total da soja a projeção ficou estimada em R$ 7.445,10/ha, aumento de 2,32% em relação à safra passada”.
OUTRO RECORDE – Em outubro, o esmagamento da soja em Mato Grosso alcançou 0,99 milhão de toneladas. O volume esmagado no mês apresentou queda de 2,22% ante a setembro e alta de 13,75% no comparativo com o mesmo período do ano passado.
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Em relação ao acumulado de 2023 (jan/23 a out/23), o total processado no estado alcançou o recorde de 9,87 milhões de t, aumento de 3,55% ante o mesmo período de 2022. O principal motivo do maior volume esmagado foi a alteração da mistura do biodiesel no diesel, que saiu de 10% para 12% na composição. “Além disso, com a quebra de safra na Argentina (principal fornecedor mundial de farelo e óleo), outros mercados destinaram sua demanda para os subprodutos mato-grossenses, principalmente para o farelo, que apresenta recorde na exportação em 2023. Por fim, a margem bruta de esmagamento, em outubro, fechou com média de R$ 491,25/t, alta de 49,20% ante a out/22, justificada pela queda no preço da soja em grão em relação aos subprodutos, onde a oleaginosa reduziu 26,34% no comparativo anual”, pontuam os analistas.