Em vídeo publicado em suas redes sociais, Emanuel Pinheiro (MDB) propôs, pela primeira vez, que ele e o governador Mauro Mendes (União) sentem à mesa para dialogar sobre o caos na Saúde de Cuiabá. Na publicação, o chefe do Executivo de Cuiabá diz que já está fora das disputas eleitorais deste ano e quer apenas solucionar os problemas.
“Eu quero discutir solução para a Saúde de Cuiabá e de Mato Grosso, porque Cuiabá carrega a Saúde de Mato Grosso nas costas e eu só vejo uma solução para isso, sabe qual é? Sentar à mesa, honrando os cargos que ocupam, o prefeito e o governador do Estado. E aí, Mauro, vamos nessa? Que dia você pode me receber em audiência para tratar da saúde pública de Cuiabá e de todo o Mato Grosso”, questionou Emanuel Pinheiro.
Mais cedo – até o fechamento desta matéria MM não havia se manifestado diretamente sobre o convite de Pinheiro – o governador se manifestou acerca de informações sobre a gestão da saúde da Capital. Ele defendeu a intervenção geral na Prefeitura de Cuiabá. Para ele, essa é a única forma de amenizar o caos na Saúde do município.
O governador ainda descartou a possibilidade de vir a assumir a Empresa Cuiabana de Saúde e, consequentemente, o Hospital Municipal (HMC) e o Hospital São Benedito. “Estadualizar o HMC e o São Benedito está fora de questão. Agora, se eles fizerem uma intervenção na Prefeitura, para tirar essa conversa de vez, eu topo. Não podemos passar a mão na cabeça dos incompetentes e dos desonestos”, afirmou Mauro Mendes. Ele, contudo, afirmou que isso está totalmente fora de questão e ainda chamou o Emanuel de “incompetente” e “desonesto”.
A medida tem sido defendida pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), tendo em vista o fato de que as altas dívidas da Saúde municipal têm prejudicado o atendimento à população.
INTERVENÇÃO RECENTE – O governador lembrou da intervenção na Secretaria Municipal de Saúde Pública (SMS), que foi administrada por 10 meses pelo Governo do Estado. Após o fim do período interventivo, o Gabinete de Intervenção assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com diversas normas e preceitos que deveriam ser seguidos pela pasta, assim que voltasse para as mãos da gestão municipal.
No entanto, há várias denúncias de que o município não vem cumprindo com o acordo. “Os poderes todos reconheceram que a Saúde melhorou. Quatro meses depois, a Saúde piorou violentamente. O que fazer? Deixar a população sofrer? Ou tomar uma decisão mais drástica? […] Uma intervenção na própria prefeitura, já que está se mostrando ineficiente e incapaz de gerir a Saúde”, completou o governador.