Nos últimos dias o setor do combustível vem sendo acusado de ser o vilão do orçamento das famílias. Conforme nota assinada pelo presidente do Sindipetróleo MT, Claudyson Alves, a entidade patronal rebate acusações de lideranças política que “têm atribuído injustamente aos postos de combustíveis a culpa pelos altos preços praticados no Brasil”. A nota enviada ontem (17), tem destinatário certo: o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Como destaca o presidente do Sindipetróleo, “ao afirmar {o Lula} que o povo é assaltado pelo intermediário e sugerir que a Petrobras venda combustíveis diretamente aos grandes consumidores para reduzir preços, o presidente desconsidera a complexidade do papel e importância da cadeia de abastecimento e ignora os reais componentes que influenciam os preços. Tais declarações não apenas distorcem a realidade, mas também desviam a atenção do verdadeiro problema: a excessiva tributação sobre os combustíveis”. (Veja banner abaixo)


A nota é uma resposta. Em 17 de fevereiro de 2025, durante um evento no Terminal da Baía de Ilha Grande (Tebig), no Rio de Janeiro, o presidente Lula sugeriu que a Petrobras deveria vender combustíveis diretamente aos grandes consumidores, como forma de reduzir os preços ao consumidor final. “Lula disse que os intermediários no mercado de combustíveis estariam elevando os custos para a população”.
“O Sindipetróleo esclarece que essa visão simplifica injustamente a importância das distribuidoras e postos e gera acusações desconsideração toda a complexidade da cadeia de combustíveis. Uma verdadeira desinformação presidencial”, argumenta o segmento mato-grossense em trecho da nota.
REVENDEDORES – “Os postos de combustíveis operam com margens apertadíssimas que precisam cobrir diversos custos operacionais, incluindo encargos trabalhistas, despesas com energia, taxas de cartão de crédito, manutenção, segurança e serviços adicionais oferecidos aos clientes. Atribuir aos revendedores a culpa pelos altos preços é uma simplificação injusta e desinformada”, pontua o presidente na nota.
A entidade patronal destaca ainda que reitera o compromisso com a transparência e com o consumidor brasileiro. “É fundamental que as autoridades e a sociedade reconheçam que o verdadeiro entrave para a redução dos preços dos combustíveis reside na elevada carga tributária imposta sobre esses produtos. Soluções efetivas devem focar na revisão da política tributária, e não em acusações infundadas que apenas prejudicam a imagem dos revendedores e confundem a opinião pública. É preciso considerar todos os componentes da cadeia, em especial a alta carga tributária”.
O MT Econômico faz um constante monitoramento dos preços no varejo cobrados aos consumidores cuiabanos e várzea-grandenses. Inclusive, divulga altas e baixas dos preços de bomba, especialmente do etanol hidratado, o mais demandado nas duas cidades.
Nessa semana, por exemplo, o litro do etanol hidratado apresentou ligeira queda, passando de até R$ 4,29 – teto histórico – para R$ 3,99/3,97. O que chama à atenção e é um ponto destacado nas matérias do MT Econômico é que os preços são ‘fixados’ em valores iguais na maioria das revendas, mesmo operando em pontos diferentes das duas cidades e pertencendo à empresas sem vínculos. Sobre a atuação retração de valores na bomba, a maior parte dos estabelecimentos que trouxeram o litro abaixo de R$ 4, fixou a venda em R$ 3,97.
.
Clique aqui e entre no grupo de notícias do MT Econômico e fique por dentro de informações relevantes