Mato Grosso foi o estado brasileiro com a maior retração no setor de serviços no mês de janeiro. O estado abriu 2025 com queda de 25,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O movimento apurado pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada ontem (13), pelo IBGE, mostra que o setor mato-grossense foi completamente na contramão da média nacional, cujo resultado foi de expansão de 1,6% no mesmo comparativo.
Em termos regionais, a maioria (17) das 27 unidades da federação assinalou redução no volume de serviços em janeiro de 2025, na comparação com dezembro de 2024. Esse resultado acompanhou o recuo observado no resultado nacional (-0,2%).
Os impactos, considerados como os mais importantes pelo IBGE, vieram do Distrito Federal (-8,7%), seguido por Minas Gerais (-1,7%), Pernambuco (-4,5%), Amazonas (-7,0%) e Espírito Santo (-5,2%). Por outro lado, São Paulo (0,9%), Rio de Janeiro (1,0%) e Santa Catarina (3,4%) foram responsáveis pelas principais contribuições positivas em janeiro.
Frente a janeiro de 2024, a expansão do volume de serviços no Brasil (1,6%) foi acompanhada por somente 13 das 27 unidades da federação. O estado com a maior contribuição positiva foi São Paulo (4,3%), seguido por Rio de Janeiro (3,8%), Santa Catarina (3,2%) e Minas Gerais (0,9%). Em sentido oposto, Mato Grosso (-25,8%), Rio Grande do Sul (-8,2%) e Paraná (-1,9%) foram os destaques negativos do mês.
A variação negativa no mês foi puxada, principalmente, pelos serviços de transportes, que caíram 1,8%, com maiores taxas negativas nos seguintes segmentos: dutoviário, aéreo, rodoviário coletivo de passageiros, ferroviário de cargas e correio. O acumulado em 12 meses teve alta de 2,9%, menor do que a registrada em dezembro de 2024 (3,2%).
Os outros dois serviços com desempenho negativo em janeiro foram os prestados às famílias (-2,4%) e os profissionais, administrativos e complementares (-0,5%). O primeiro eliminou parte do ganho de 7,0% acumulado entre maio e dezembro de 2024, e o último registrou a terceira retração seguida, com perda de 3,7% nesse intervalo.
“Após alcançar o ápice de sua série histórica em outubro de 2024, o setor de serviços apresentou duas taxas negativas e uma estabilidade nos últimos três meses. Nesse período, acumulou perda de 1,1%, que pode ser explicada pela alta margem de comparação. Em janeiro, três das cinco atividades investigadas mostraram resultados negativos e, apesar da variação negativa, o desempenho do setor de serviços ficou próximo da estabilidade”, analisa o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
ATIVIDADES TURÍSTICAS – Em janeiro de 2025, o índice de atividades turísticas mostrou redução de 6,4% frente ao mês imediatamente anterior, após ter avançado 3,1% em dezembro. Com esse desempenho, o setor de turismo está 7,2% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 6,4% abaixo do ápice da sua série histórica, alcançado, justamente, em dezembro de 2024. Cabe mencionar que a queda de 6,4% em janeiro foi a mais intensa desde março de 2021 (-24,4%). Restaurantes, transporte aéreo de passageiros e serviços de buffet foram as três atividades econômicas que mais impactaram o setor.
Regionalmente, 12 dos 17 locais pesquisados acompanharam esse movimento de retração verificado na atividade turística nacional (-6,4%). São Paulo (-8,3%) exerceu a influência negativa mais intensa, seguido por Rio de Janeiro (-5,4%), Minas Gerais (-4,2%) e Paraná (-5,5%). Em contrapartida, Bahia (1,5%), Santa Catarina (1,7%) e Ceará (1,4%) tiveram os ganhos mais expressivos.
Na comparação entre janeiro de 2025 e igual mês do ano anterior, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou crescimento de 3,5%, oitava taxa positiva seguida. A principal razão foi o aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo de passageiros, restaurantes e serviços de reservas relacionados a hospedagens.
Doze das 17 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (4,0%), seguido por Rio de Janeiro (6,6%), Bahia (9,0%), Santa Catarina (7,0%) e Goiás (8,6%). Já Rio Grande do Sul (-6,1%), Minas Gerais (-1,9%) e Mato Grosso (-11,4%) exerceram os principais impactos negativos do mês.
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