O blog ClaudioDantas.com.br divulgou que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT), pode deixar o governo após o impasse envolvendo a suspensão do Plano Safra pela Secretaria do Tesouro. Segundo a publicação, reproduzida pelo Agrolink, Fávaro teria se sentido desprestigiado e passou a ser alvo de críticas da bancada do agronegócio, que já havia agendado uma reunião para debater um possível rompimento com o ministro.
“Em seu lugar chegou a ser cogitado o nome do deputado Arnaldo Jardim, vice-presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio. Jardim foi considerado o melhor deputado federal de 2024 pelo Ranking dos Políticos. Em contato com a reportagem, o deputado, porém, negou interesse no cargo – que também é alvo de Arthur Lira”, escreveu o blog.
A possível troca no comando do Ministério da Agricultura ocorre em meio à crescente insatisfação do setor com o governo, intensificada após a suspensão do Plano Safra, medida que gerou forte reação entre produtores e lideranças do agronegócio. Diante da pressão, o governo anunciou a liberação de um crédito extraordinário de R$ 4 bilhões como tentativa de minimizar os impactos da decisão.
ENTENDA O CASO – No dia 21 de fevereiro, o Tesouro Nacional suspendeu as novas contratações de financiamentos agrícolas subvencionados pelo Plano Safra 2024/25. A decisão, oficializada pelo Ofício Circular SEI nº 282/2025/MF, ocorreu enquanto o Projeto de Lei Orçamentária de 2025 ainda tramitava no Congresso. Segundo o documento, a suspensão foi motivada pelo aumento dos custos dos programas subsidiados, impactados pela alta da Selic, então fixada em 13,25%, com projeção de elevação para 14,25% em março.
No dia seguinte, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um crédito extraordinário de R$ 4 bilhões para destravar as linhas de financiamento do Plano Safra 2024/25 e acabou sendo o porta-voz do governo e não o Fávaro. A medida foi tomada após a suspensão dos repasses pelo Tesouro Nacional, motivada pelo atraso na aprovação do Orçamento de 2025. Segundo Haddad, a liberação dos recursos por meio de uma Medida Provisória (MP) garantiria o financiamento sem comprometer o arcabouço fiscal.
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