Fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) realizaram 5.861 fiscalizações e aplicaram 58 multas entre 15 de junho a 15 de setembro deste ano, durante o período do Vazio Sanitário da Soja, medida utilizada para combater a proliferação de pragas e doenças na lavoura, especialmente, a ferrugem asiática, impõe severas perdas de produção e produtividade, além de aumentar os custos.
Nesses 90 dias em que era proibido o cultivo da oleaginosa, os fiscais emitiram 58 autos de infração em propriedades rurais, cujo total de área chega a 4.592 hectares, que descumpriram a medida fitossanitária aplicada desde 2006, com o propósito de minimizar a quantidade de esporos de fungo causadores da ferrugem asiática e atrasar a ocorrência da doença na safra seguinte.
Durante as fiscalizações, foram coletadas 90 amostras e levadas para análise no Laboratório de Sanidade Vegetal do Indea. O propósito era verificar se elas estavam infectadas com o fungo da ferrugem asiática.
Leia também: Cientistas avaliam fungicidas e cultivares no combate à podridão da soja
A coordenadora de Defesa Sanitária Vegetal do Indea, Silvana Amaral, ressalta a importância da vigência do Vazio Sanitário da Soja, por ser esse período preventivo necessário na proteção da produção estadual.
“O Vazio Sanitário é uma das medidas que ajudam Mato Grosso a se manter na liderança da produção de soja, e a ocupar a alta competividade no mercado nacional conquistado com muitos anos de trabalho parte dos sojicultores e do governo do Estado”, comentou a engenheira agrônoma.
Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), cerca de 30% da produção brasileira de soja é cultivada em Mato Grosso. A produção estadual ajuda a manter o Brasil na liderança do ranking dos maiores produtores mundiais de soja.
Na safra 2022/23, foram cadastradas no Indea 14.024 propriedades com plantio de soja, com área declarada de mais de 10,7 milhões de hectares plantados e o número de 8.461 produtores.