Os preços da soja apresentaram comportamentos diferentes no mercado interno e externo na última semana, conforme apontam dados do boletim informativo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e pelo Agrolink. Nos Estados Unidos, as cotações foram impulsionadas por estimativas de menor produção e por uma demanda aquecida. No Brasil, por outro lado, os valores foram pressionados pela perspectiva de uma safra recorde na temporada 2024/25.
De acordo com pesquisadores do Cepea, a liquidez esteve reduzida nos últimos dias no mercado brasileiro, já que o volume restante da safra 2023/24 é baixo e a colheita da nova temporada ainda está em estágio inicial. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mantém sua projeção de 169 milhões de toneladas de soja para a safra brasileira 2024/25, o que representaria um recorde e um crescimento de 10,5% em relação à temporada anterior. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima um volume igualmente impressionante de 166,33 milhões de toneladas.
Os dados reforçam o otimismo com a produção nacional, mas destacam desafios no curto prazo para os preços domésticos, que podem permanecer pressionados pela ampla oferta esperada. Enquanto isso, o mercado internacional mantém o foco na oferta restrita e na alta demanda pela oleaginosa norte-americana.
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