A Associação Comercial e Empresarial de Cuiabá (ACCuiabá), entidade com 110 anos de história, se manifestou contra o possível aumento da tarifa de energia elétrica em Mato Grosso, que pode ficar até 9,36% mais cara ao consumidor a partir de 08 de abril.
Na última semana, a entidade, representada pelo diretor operacional adjunto, Márcio Joel Santana da Costa, esteve presente na audiência pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizada no auditório da Fiemt, na Capital.
Na ocasião, foi proposto o reajuste das tarifas de 9,71% aos consumidores de baixa tensão e 8,54% aos consumidores de alta tensão, dando a média de 9,36%. O reajuste na tarifa ainda está em fase de estudo e todas as contribuições podem ser feitas no site da Aneel até o dia 17 de fevereiro.
Para Jonas Alves, presidente da ACCuiabá, o reajuste deve ser proporcional à inflação e em conformidade com outros reajustes nacionais, a exemplo do reajuste salarial no país, que foi de 5,81% no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
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“Esse reajuste de 9,36% é muito grande e prejudica o setor comercial, as pequenas e médias empresas, além do cidadão. Então temos que trazer esse reajuste para os nossos patamares, algo em torno de 4% a 5%, como aconteceu em outras cidades, respeitando o bolso da população”, enfatizou o presidente.
Ainda conforme Jonas, a entidade irá se manifestar junto à Aneel, pedindo que não suba a energia elétrica no patamar proposto, para tentar minimizar o impacto nos setores produtivos no Estado.
“É importante que toda a classe empresarial se una à causa, uma vez que o reajuste gera consequências para todos. E nós da Associação Comercial e Empresarial de Cuiabá já estamos nos movimentando para lutar contra o aumento nos custos”, frisou.
A audiência pública teve como função obter contribuições para o aprimoramento da proposta de Revisão Tarifária Periódica da Energia em Mato Grosso, que entrará em vigor a partir do dia 8 de abril de 2023.