O setor de serviços recuou 4,2% em abril – ante março – em Mato Grosso. Apesar da retração mensal, o Estado acumula crescimento de 7,5% no primeiro quadrimestre – janeiro a abril – deste ano sobre igual momento do ano passado. A evolução se destaca como a maior entre os estados do Centro-Oeste no período analisado, bem como, supera a média nacional que ficou em 4,8%. Esses e outros dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE.
Conforme a publicação, o setor de serviços em Mato Grosso teve saldo positivo na comparação anual entre abril deste ano frente ao de 2022, consolidando crescimento de 3,8%.
Em relação ao acumulado de janeiro a abril, os estados da região tiveram os seguintes resultados: Mato Grosso do Sul, -0,2%, Goiás, 7,3% e o Distrito Federal, 2,6%.
Em abril, o volume de serviços recuou em 26 das 27 Unidades da Federação, em relação a março. Os impactos mais importantes vieram de São Paulo (-1,5%) e Rio de Janeiro (-5,5%), seguidos por Santa Catarina (-3,5%), Goiás (-5,6%) e Mato Grosso (-4,2%). Em contrapartida, Ceará (1,0%) exerceu a única contribuição positiva do mês.
Frente a abril de 2022, o avanço do volume de serviços no Brasil (2,7%) foi acompanhado por 23 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com Minas Gerais (6,9%), seguido por Paraná (8,7%), Santa Catarina (10,7%), São Paulo (0,6%) e Rio Grande do Sul (5,3%). Em sentido oposto, Mato Grosso do Sul (-1,3%), Alagoas (-1,8%) e Amapá (-4,2%) assinalaram os únicos resultados negativos do mês.
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2023, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (4,8%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 26 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo veio de São Paulo (2,4%), seguido por Rio de Janeiro (5,8%), Minas Gerais (8,4%), Paraná (10,5%) e Santa Catarina (10,4%). Por outro lado, Mato Grosso do Sul (-0,2%) registrou a única influência negativa sobre índice nacional.
Conforme o IBGE, assim como em março, o setor de transporte se destacou como a principal influência, porém, em abril, puxou o índice para o campo negativo. O grupamento caiu -4,4%, devolvendo parte do ganho acumulado (7,5%) entre fevereiro e março.
“Vários segmentos de serviços dentro desse setor acabaram por gerar um impacto negativo: gestão de portos e terminais, transporte rodoviário de cargas, rodoviário coletivo de passageiros e transporte dutoviário. Esses segmentos tiveram importância no âmbito do volume de serviços como todo, ultrapassando a fronteira do próprio setor”, analisa Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.