De acordo com a mais recente análise do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), o etanol apresentou uma redução de 0,45% no preço médio nacional na primeira quinzena de maio, comparado ao mesmo período de abril, recuando ao valor médio de R$ 4,46 por litro. A queda registrada pelo IPTL ocorre mesmo após a implementação de uma nova tributação federal sobre o biocombustível, em vigor desde 1º de maio.
A mudança na tributação, parte da reforma tributária, estabeleceu uma alíquota unificada de PIS/Cofins de R$ 0,1920 por litro para os dois tipos de etanol (anidro e hidratado). Anteriormente, o etanol hidratado era tributado em R$ 0,2418 por litro, ou seja, a nova alíquota resultou em uma redução de aproximadamente R$ 0,05 por litro.
“Mesmo com a entrada em vigor da nova tributação federal sobre o etanol hidratado, o IPTL registrou uma leve queda no preço médio nacional na primeira quinzena de maio. A mudança nas alíquotas de PIS/Cofins ocorreu no mesmo período e passa a integrar o cenário de formação dos preços do biocombustível, mas outros fatores, como o avanço da safra, também têm influência nesse comportamento. Além do impacto no bolso do motorista, o etanol segue sendo uma opção mais sustentável do ponto de vista ambiental, por ser um combustível renovável e com menor emissão de gases poluentes”, explica Renato Mascarenhas, diretor de Rede, Operações e Transformação da Edenred Mobilidade.
CENTRO-OESTE FOI EXCEÇÃO – Dados do IPTL apontaram que, na primeira quinzena de maio, o Centro-Oeste registrou aumento nos preços médios da gasolina e do etanol na comparação com o mesmo período do mês anterior. O etanol, comercializado a R$ 4,45, apresentou alta de 1,37% em seu preço, e a gasolina foi vendida à média de R$ 6,55, aumento de 0,77%.
O Centro-Oeste foi a única região a apresentar alta para os combustíveis no País durante o período. Em contrapartida, o preço do diesel registrou queda na região: o comum foi encontrado a R$ 6,29, enquanto o tipo S-10 foi comercializado a R$ 6,39. Os valores representam retrações de 3,23% e 3,03%, respectivamente.
“Embora o reajuste no preço do diesel anunciado no início do mês, o terceiro em dois meses, somado ao aumento da safra da cana-de-açúcar tendem a diminuir o preço dos combustíveis no território nacional, dinâmicas internas e individuais da região fizeram com que os valores médios dos combustíveis subissem no Centro-Oeste. A distância para grandes centros de refinaria, o custo do transporte, muitas vezes dificultados por tal distância, a quantidade de bases de distribuição que dependem desse transporte e a própria concorrência interna entre os postos de abastecimentos locais são alguns dos fatores que podem justificar a alta. Diante desse cenário, o IPTL apontou que abastecer com etanol é a melhor opção para quem quer economizar em toda a região, com exceção do Distrito Federal”, analisa Mascarenhas.
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