O ovo de galinha vem chamando à atenção do consumidor brasileiro. No Brasil, a média de valorização da dúzia registra alta de 35%, mas podendo apresentar até 50%. está cada vez mais caro no supermercado e a situação não deve melhorar nos próximos meses. Em um supermercado consultado pelo Jornal da Band, a caixa com 12 ovos foi de R$ 15,49 para R$ 20,99. O aumento equivale a 35% em um mês.
E a tendência é piorar. Primeiro pelo aumento da carne, depois pela sazonalidade da Quaresma, período em que tradicionalmente tem uma demanda maior pelo ovo, já que algumas famílias evitam o consumo de carne vermelha.
Em Cuiabá, por exemplo, é possível encontrar a cartela de 20 unidades – bastante demanda na cidade – por menos de R$ 17. No entanto, há poucos dias, em momentos de promoção, a mesma embalagem podia ser comprada por até R$ 12.
De acordo com dados apurados pelo Jornal da Band, e 2024, o preço médio do ovo no atacado chegou a cair 30% de março a setembro. Mas, de janeiro até agora, já subiu mais que isso. Os especialistas garantem que a alta não foi puxada pela falta de produto no mercado.
Além disso, o custo de produção por causa da ração também impactou no preço dos ovos. As altas temperaturas e o aumento de 22% na exportação em janeiro, comparado ao mesmo período do ano passado, também foi influenciou.
MILHO – Principal matéria-prima da avicultura, dados divulgados pela Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o mercado do milho apresentou valorização nas últimas semanas na Bolsa de Chicago, impulsionado pela redução da oferta global e estoques mais apertados nos Estados Unidos, como destacou o Agrolink.
O preço do bushel, que em meados de dezembro de 2024 chegou a US$ 4,37, atingiu US$ 4,95 na primeira semana de fevereiro. No fechamento da última quinta-feira (13), a cotação ficou em US$ 4,93, levemente abaixo da semana anterior. A média de dezembro de 2024 foi de US$ 4,39/bushel, enquanto em janeiro de 2025 subiu para US$ 4,75, registrando um avanço de 8,2% em relação ao mês anterior.
A valorização do milho foi impulsionada pelos números divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No relatório de 11 de fevereiro, a produção global foi reduzida em dois milhões de toneladas, ficando em 1,212 bilhão de toneladas. Já os estoques finais recuaram três milhões de toneladas, totalizando 290,3 milhões de toneladas.
Nos Estados Unidos, a relação estoque/consumo atingiu o menor nível em mais de uma década, segundo a Agrinvest. A incerteza sobre a produção na Argentina, que enfrenta problemas climáticos, também contribuiu para a alta das cotações.
O desempenho das exportações norte-americanas também ajudou a sustentar os preços. Na semana encerrada em 6 de fevereiro, os EUA embarcaram 1,3 milhão de toneladas de milho, próximo do limite máximo esperado pelo mercado. Com isso, o volume total exportado no ciclo já soma 23,1 milhões de toneladas, 34% acima do mesmo período do ano passado.
Com estoques mais apertados e a demanda aquecida, o mercado segue atento ao comportamento das cotações nas próximas semanas.
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