O mês de fevereiro apresentou estabilidade no índice que avalia a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Cuiabá ao computar 76,9 pontos – o mesmo que o apurado no primeiro mês de 2023 –, interrompendo uma sequência de queda observada nos últimos cinco meses. Ainda assim, o levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF/MT) mostra que a pontuação atual está 4% maior do que o verificado em fevereiro de 2022, quando somava 73,5 pontos.
Segundo análise do IPF/MT, a estabilização na pontuação reflete uma melhora nas projeções futuras do índice. “Ainda que o consumo demonstre uma estabilidade em nível geral, vale ressaltar como as variações de emprego, renda e perspectiva profissional se mantém em crescimento, o que colabora para o futuro aquecimento do consumo”, explicou o presidente em exercício da Fecomércio/MT, Marco Pessoz.
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É o que revela os subíndices da pesquisa, onde a maioria demonstrou crescimento no mês, como é o caso do Emprego Atual (2,9%), Perspectiva Profissional (0,9%), Renda Atual (3,2%) e Momento para Duráveis (8,1%). Já os que apresentaram retração foram o Acesso ao Crédito (-2,3%), Nível de Consumo Atual (-10,3%) e Perspectiva de Consumo (-9,7%).
“É possível observar que os subíndices que acompanham o consumo atual e futuro estão em maior retração, o que auxilia na tendência de baixa observada nos últimos meses para o consumo das famílias e nos próximos meses pode ser revertido, a depender das condições macroeconômicas”, disse Pessoz.
Ainda conforme o Instituto, a questão político-social tem influenciado as decisões econômicas por parte da população na Capital, o que faz com que a expectativa de consumo se retraia. Tal situação provoca incertezas na relação com o acesso ao crédito, o que restringe as possibilidades de consumo.
No entanto, o presidente em exercício destaca as boas condições que Mato Grosso vive. “A perspectiva favorável ao mercado de trabalho faz com que os impactos negativos atinjam em menor medida a economia na capital e, consequentemente, nos demais municípios”.