O principal indicador de inadimplência do Brasil volta a registrar queda, reforçando a tendência de baixo do ano, segundo o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa. Mesmo com 72,4 milhões de inadimplentes, o mês de agosto registra a terceira menor marca do ano em número de endividados, retomando ao patamar de janeiro e fevereiro.
A queda em agosto representa menos 200 mil nomes no cadastro de negativação do país. “Desde abril percebemos uma tendência de queda no número de inadimplentes”, analisa Aline Maciel, gerente da plataforma Serasa Limpa Nome. “A redução alivia a pressão sobre o orçamento das famílias e sinaliza um cenário mais favorável para a economia, com mais pessoas conseguindo voltar a ter acesso ao crédito”, explica Aline.
Mas em Mato Grosso a situação é diferente. O estado registrou a diminuição de 2.402 nomes negativados, totalizando um montante de 1.414.640 inadimplentes em agosto. No entanto, no período, houve um aumento do número de dívidas, resultando em um acumulado de 7.012.342 de débitos.
O valor médio da dívida por inadimplente mato-grossense é de R$ 6.278,64. As dívidas se dividem principalmente entre varejo (24,72%), contas básicas – água, luz e gás – (22,84%%), e bancos/cartões (18,56%).
O público endividado é composto por 45,9% mulheres e 54,1% homens, especialmente nas faixas etárias: entre 26 e 40 anos (35,5%), entre 41 e 60 anos (34,6%) e acima de 60 anos (17,1%). Os endividados até 25 anos representam 12,9%.
OUTRA REALIDADE NO PAÍS – Praticamente todos os motivos que geram o endividamento do brasileiro apontaram queda em agosto. O segmento de bancos e cartões de crédito representam 27,9%, com uma queda de 0,46 pontos percentuais em relação ao mês anterior. As contas básicas de água, luz e gás apresentaram queda de 0,15 pontos percentuais, comparadas a julho.
O setor de serviços, que engloba atividades como atendimento ao consumidor, transporte e administração, teve a maior redução, com uma queda de 1,22 pontos percentuais. Em contraste no cenário apenas o segmento de telecomunicações, que teve um leve acréscimo de 0,5 ponto percentual em agosto, quase uma estagnação do indicador.
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