Pouco mais de 78,8% das 15.102 empresas abertas em 2010, em Mato Grosso, fecharam as portas nos primeiros dez anos. Em outras palavras, a taxa de sobrevivência das empresas mato-grossenses chegou a 21,2% em 2020. As informações são do estudo “Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo”, divulgado pelo IBGE.
Na comparação com o registrado na média nacional o desempenho de Mato Grosso está em linha, mas em relação ao Centro-Oeste, é melhor. No País, 78,7% das empresas constituídas em 2010 fecharam as portas em 2020. Regionalmente, 79,01% dos estabelecimentos deixaram de existir no período de comparação.
A maior parte das empresas abertas e ativas no Estado é do segmento de comércio e da indústria de transformação. Apesar da extinção dos estabelecimentos na última década, houve incremento da média salarial que passou de R$ 1.033 para R$ 2.160, o segundo maior da região.
Leia também: O que Lula e Bolsonaro fizeram pela economia do Brasil?
Considerando os quatros estados que formam o Centro-Oeste, Mato Grosso tem o segundo melhor desempenho. Mato Grosso do Sul registrou a maior taxa de sobrevivência, 23,5%. Em Goiás a taxa de sobrevivência é de 20,7% ao longo de dez anos e no Distrito Federal, 19,1%, a mais baixa da região.
Entre as unidades da federação, Santa Catarina se destaca, com uma taxa de sobrevivência de 27,6% das unidades locais nascidas em 2010. Na outra ponta, Acre tinha a menor taxa de sobrevivência (13,2%).
Em 2020, segundo o Cadastro Central de Empresas (Cempre) do IBGE, o país tinha 4,9 milhões de empresas ativas que empregavam 39,4 milhões de pessoas, sendo 32,4 milhões (82,3%) como assalariadas e 7 milhões (17,7%) na condição de sócios ou proprietários. Os salários e outras remunerações pagos somaram R$ 1,1 trilhão, com um salário médio mensal de R$ 2.568,48. A idade média das empresas era de 11,6 anos, a mesma média de 2018 e quase igual à de 2019 (11,7 anos).