Em setembro, enquanto o volume de serviços prestados no país apresentou variação negativa de -0,3% frente ao mês anterior, em Mato Grosso o saldo seguiu positivo, registrando alta de 3%. Além de ir na contramão da movimentação no Brasil, foi o melhor desempenho entre os estados do Centro-Oeste. Ampliando a comparação, Mato Grosso surge com o segundo melhor resultado do país no acumulado dos nove primeiros meses do ano: 16,5%, atrás apenas do observado em Tocantins, 16,6%.
Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE, mostram ainda que Mato Grosso supera a média nacional e detém o melhor resultado do Centro-Oeste em outros comparativos, além do mensal e do acumulado do ano. Em relação a setembro do ano passado, o volume de serviços no estado cresceu 23,8%.
A maior parte (17) das 27 Unidades da Federação (UF) teve queda no volume de serviços em setembro de 2023, na comparação com agosto. O impacto negativo mais importante veio de São Paulo (-1,2%), seguido por Goiás (-4,5%), Rio Grande do Sul (-1,6%) e Distrito Federal (-2,6%). Em contrapartida, Rio de Janeiro (1,9%), seguido por Ceará (1,9%) e Pernambuco (1,0%) registraram as principais altas.
No acumulado até setembro de 2023, frente a igual período de 2022, o avanço do volume de serviços no Brasil foi acompanhado por 25 das 27 UFs. Os principais impactos positivos foram de Minas Gerais (8,4%), Paraná (11,9%) e Rio de Janeiro (5,2%), seguidos por Mato Grosso (16,5%), Santa Catarina (9,2%) e Rio Grande do Sul (6,0%). As únicas influências negativas foram de São Paulo (-0,9%) e Amapá (-3,8%).
BRASIL – Pelo segundo mês seguido, o setor registra resultado negativo acumulando uma perda de 1,6%, eliminando parte do ganho de 2,2% do resultado somado de maio a julho.
Com o resultado, o setor de serviços está 10,8% acima do nível de pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 2,6% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrado em dezembro de 2022. No indicador acumulado do ano, o volume de serviços tem alta de 3,4% frente ao mesmo período de 2022. Já o acumulado dos últimos 12 meses é de 4,4%.
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Outra queda que chamou a atenção foi a de informação e comunicação, que recuou 0,7% e emplacou o terceiro revés consecutivo, acumulando perda de 1,7% no período julho-setembro, pressionado principalmente pelo setor de suporte técnico, manutenção e outros serviços em TI. Já em transportes (-0,2%), o ligeiro decréscimo foi influenciado pelos setores de transporte rodoviário de carga, o principal segmento desse grupo e um dos maiores pesos da pesquisa, seguido por transporte aéreo de passageiros. “Neste ramo, o resultado foi influenciado pelo aumento das passagens aéreas observado em setembro (13,47%), o que acabou pressionando negativamente a receita real das companhias aéreas”, afirma Lobo.
Entre os dois setores com alta no mês, destaque para serviços prestados às famílias, que avançou 3,0%, recuperando boa parte da queda de agosto (-3,7%). Nesse setor, a principal influência foi do segmento “Outros serviços prestados às famílias”, diretamente impactado pela atividade de espetáculos musicais. “Houve um grande festival de música, realizado em São Paulo, em setembro, que acabou impactando no setor como um todo”, justifica o pesquisador.
Já o setor de outros serviços cresceu 0,8%, após três resultados negativos seguidos, quando acumulou perda de 3,3%.