Com a orientação da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), há 43 anos, o produtor rural Elcides Ramos de Almeida (64) e a esposa, Antonina da Cruz Almeida (58), proprietários de uma área de 70 hectares, no município de Chapada dos Guimarães permanece no Sítio Boa Vista, onde produzem queijo, requeijão, doce de leite e criam pequenos animais.
O produtor fala que a parceria com a Empaer tem dado bons resultados e a assistência técnica tem proporcionado a aquisição de crédito rural por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Com um rebanho de 50 vacas de leite, Elcides de Almeida está produzindo 80 litros leite/dia, no período da seca. Essa quantidade ainda é suficiente para produzir 18 queijos por semana, 28 potes de 700 gramas de requeijão e 40 potes de 250 gramas de doce de leite. “Com apoio da Empaer e a assistência, tenho conseguido me manter vivo e produtivo nessa propriedade”, esclarece.
No sítio os trabalhos são divididos, o produtor Elcides realiza a ordenha dos animais e a senhora Antonina faz o processamento do leite. Ela destaca que todo leite retirado é para produção de queijos, requeijão e doce de leite, que são comercializados em residências, feiras e comércio em geral de Cuiabá. “Trabalhamos de domingo a domingo e produzimos o ano todo”, enfatiza Antonina.
A recente linha de crédito rural requerida pelo produtor foi a Mais Alimentos, no valor de R$ 61.200,00, para aquisição de vacas, touro e construção de um curral coberto e cercado para ordenha das vacas. O produtor conta que durante anos ordenhou as vacas ao relento, sem nenhuma cobertura e na época das chuvas a situação ficava mais complicada. “Hoje ficou mais fácil e tranquilo para retirar o leite das vacas. Tudo isso graças à orientação dos técnicos da Empaer”, salienta.
Olho d’água
Outra fonte de renda no Sítio Boa Vista é a criação de suínos e frango da raça caipira. A peça de frango limpa é vendida por R$ 35,00/kg, enquanto o leitão sai por R$ 13,00/kg. Conforme Elcides, existe uma nascente dentro da propriedade, também conhecida por olho d’água, que nunca seca. Essa nascente flui uniformemente durante o ano. O produtor cercou o local contra qualquer agente externo que venha romper o equilíbrio, a ponto de diminuir a quantidade e a qualidade da água. Ele divide a água da nascente com produtores vizinhos. “O maior bem que tenho nessa área é a água que nasce na terra, proporciona vida e trabalho não só para minha família como para outros produtores que precisam dela”, ressalta.
O técnico agropecuário da Empaer, Pedro Carlos Carlotto, conta que o órgão realizou todos os projetos de crédito, seja de custeio ou investimento, e continua prestando um serviço de assistência técnica e extensão rural durante e após a vigência do projeto para que as famílias possam ter êxito nas atividades. “O nosso papel é informar e orientar os produtores para que possam sobreviver do trabalho no campo e gerar renda para sua família”, destaca.