O setor de Serviços, em Mato Grosso, encerrou o ano de 2021 com alta de 9,8% em relação ao ano anterior. O desempenho do Estado ficou abaixo do registrado na média nacional – cuja variação foi de 10,9% – mas coloca fim à retração mensal registrada em outubro, que havia sido de 6,9%.
Ao contrário do comércio varejista estadual, que encerrou o ano com queda de 0,6%, o setor de Serviços apontou altas mensais a partir de novembro. Na avaliação dezembro/novembro houve alta de 4,3% e na análise anual, dezembro de 2020 ante dezembro de 2021, o crescimento está entre os maiores do Brasil: 14,3%.
No Centro-Oeste, a maior expansão anual foi registrada em Goiás, 12,6%, seguida por Mato Grosso do Sul, 11,6% e Mato Grosso com o terceiro melhor desempenho, com 9,8%.
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Conforme dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de dezembro de 2021, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após o tombo de 7,8%, ocorrido em 2020, a baixa base comparativa permitiu que essas atividades registrassem a maior taxa da série histórica da pesquisa iniciada em 2011.
Segundo análise da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apesar de ter sido o último setor a reagir às consequências econômicas adversas da pandemia, apresentou a maior capacidade de recuperação em comparação às demais atividades, com crescimento de 7% em relação a fevereiro de 2020.
Entre os segmentos com altas mais expressivas, destacaram-se os serviços prestados às famílias (+18,2%) – apesar de a geração de receitas ainda se encontrar 11% abaixo do registrado no período pré-pandemia – e os transportes (+15,1%). O presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia que os números refletem diretamente a redução do isolamento social ao longo de 2021. “O avanço da vacinação fez com que as pessoas se sentissem mais seguras para se deslocar e voltar a consumir. Dessa forma, os serviços mostraram a capacidade de se recuperar de forma mais célere e gerar empregos, o que demonstra a importância deste segmento para a economia”, observa.
Considerando as previsões de baixo crescimento econômico para 2022, a CNC revisou de -0,5% para -0,8% sua projeção para o setor de serviços neste ano e estimou avanço menor, de 1,7%, para o setor de turismo. O economista da entidade responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, avalia, contudo, que não há expectativa de que as atividades terciárias apresentem taxas próximas às do ano passado. “As projeções levam em consideração, no caso do setor de serviços, o encarecimento do crédito e a resiliência inflacionária por um período mais prolongado. Já no caso do turismo, os agravantes são a conjuntura econômica menos favorável e o cancelamento de eventos relevantes no processo de geração de receitas”, explica.
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