Se você tem interesse em juntar dinheiro para comprar um imóvel tem que fazer um planejamento financeiro, que permita a você fugir das dívidas e de tantas outras dores de cabeça que surgem ao comprar um imóvel sem preparar o orçamento. O melhor é se organizar para decidir qual a melhor forma de juntar dinheiro.
Acredite: repensar hábitos de consumo e promover algumas mudanças de comportamento são ações que podem tirar o sonho da casa nova do papel, transformando-o em realidade.
O MT Econômico traz 7 dicas para você aprender a economizar e conseguir comprar um imóvel sem passar por dificuldades.
1. COMECE PELO PLANEJAMENTO
Comprar uma casa é uma das decisões mais importantes que qualquer pessoa pode tomar na vida. E como é um grande investimento, merece atenção e planejamento. Para dar esse passo com firmeza, faça o seguinte:
– Avalie quanto você pode poupar por mês sem passar apertos;
– Crie uma planilha eletrônica, anotando suas receitas e despesas;
– Faça projeções desses valores para os próximos meses.
Esse será seu fluxo de caixa, que ajudará a determinar seu investimento mensal para a compra do imóvel. Assim, se perceber que sempre sobram por volta de 500 reais no fim do mês, faça investimentos com esses valores. Você pode analisar as opções a seu alcance e pensar no que é mais interessante para sua realidade — logo mais vamos falar sobre algumas alternativas. Inclua esse depósito no seu controle financeiro como se fosse uma obrigação e nem pense em usar esse dinheiro para outras finalidades, ok?
Ainda nessa etapa, lembre-se daquelas despesas sazonais, que costumam passar despercebidas em muitos planejamentos financeiros. Estamos falando do IPVA, do material escolar do filho e do licenciamento do carro, por exemplo. A lógica é simples: quanto mais preparado você estiver para poupar, menores se tornam as chances de algo sair errado.
2. ECONOMIZE DIRETO NA FONTE
Não tem jeito: realizar o sonho da casa própria exige sacrifícios financeiros. Uma saída para pagar as parcelas sem aperto é adaptar o orçamento mensal bem antes de comprar o imóvel. Se você retém parte da renda na poupança ou em algum outro investimento antes mesmo de colocar o salário no bolso, pode já ir se acostumando com essa nova situação financeira e ainda conseguir poupar um dinheiro.
A porcentagem de renda economizada pode variar bastante. Poupar em torno de 30% dos ganhos é uma forma de se acostumar com as prestações, que não devem ter um valor muito superior a essa porcentagem do seu salário para não comprometer o pagamento do restante dos compromissos mensais.
QUAL A MELHOR FORMA DE JUNTAR DINHEIRO?
A pergunta que não quer calar agora é: o que exatamente fazer com esse dinheiro que você está separando a fim de se preparar para a mensalidade da casa nova? Como são diversas as alternativas possíveis, o segredo está em escolher aquela mais interessante para sua realidade e para seu perfil. Confira agora mesmo algumas opções.
Poupança
Por mais que seja bastante popular, a poupança é um tipo de investimento pouco efetivo, com rendimento baixíssimo. A maior vantagem está na segurança de ter o dinheiro ali, à mão, mas, ao mesmo tempo, essa acessibilidade facilita o resgate sempre que a tentação bate à porta.
Investimentos
Como o mercado financeiro oferece algumas opções, o ideal é contar com um bom suporte profissional que conheça bastante da área para escolher sem erro. Investimentos com pouca liquidez restringem o acesso ao dinheiro por um tempo definido na contratação. Enquanto isso, outros investimentos oferecem riscos. Por essas e outras, é essencial conhecer bem as opções e seu próprio perfil de investidor antes de se lançar nesse caminho.
Consórcio
Sabia que o consórcio é uma das modalidades preferidas para a compra planejada de imóveis? Com ele, é possível organizar o pagamento mensal, sabendo quanto vai investir e durante quanto tempo o fará. Logo no ato da contratação, as variáveis já são apresentadas: taxa de administração, parcela mensal e prazo total. Não há, assim, inseguranças ou surpresas! Além disso, diferentemente dos financiamentos bancários, não há juros.
3. RELACIONE LUCROS E DIVIDENDOS
Não é nada prudente adquirir um imóvel sem ter condições financeiras para arcar com todos os custos envolvidos. Lembre-se de que a inadimplência pode fazê-lo passar por vários problemas extremamente desgastantes, como processos judiciais, cobranças, negativação e, em alguns casos, até a perda do bem.
Pensando nisso, faça um balanço! Compare sua renda com as dívidas que tem por mês e avalie os gastos que passará a ter com a compra da sua casa. Não se esqueça de que esse é um negócio que envolve outros custos, além da prestação em si. Como exemplos podemos citar:
– Taxas administrativas;
– Contrato de financiamento;
– Seguro residencial;
– Honorários de despachante.
Tudo isso não só pode como deve ser contabilizado. Essa é uma ótima maneira de saber quanto você pode assumir de prestações mensais para pagar o imóvel e ainda identificar gastos que podem ser excluídos ou ao menos reduzidos da sua vida.
4. FAÇA CORTES ESTRATÉGICOS
Ao contrário do que muita gente pode pensar, não é preciso deixar de sair, de fazer passeios e viajar para conseguir comprar uma casa. Tudo pode ser ajustável. Faça uma avaliação cuidadosa do quanto você gasta em suas horas de lazer e tente reduzir alguns custos, como:
– O pacote da TV a cabo;
– Os pedidos de fast food;
– As baladas do final de semana;
– As compras feitas por impulso.
Fique atento também a seus custos fixos mensais, como água, luz e internet. É possível escolher um plano de internet mais barato? Como economizar nas contas de luz e de água? Quando você não está pensando em assumir compromissos altos (como comprar uma casa), é natural não se preocupar tanto com isso. Já se você quer poupar dinheiro, um dos primeiros focos de ataque deve ser o montante de contas fixas mensais.
COMO ECONOMIZAR MAIS?
Pode acontecer de você não ter espaço no orçamento para guardar 30% da sua renda. Em alguns casos, é difícil encontrar algo para cortar, especialmente se você já cuida bem do seu planejamento financeiro. Nesse caso, a saída é, se possível, buscar uma fonte de renda extra.
Trabalhar como freelancer, transformando um hobby em atividade rentável, já pode ajudar bastante. Mas atenção: é para reservar os ganhos extras exclusivamente para a compra da casa nova, combinado? E a boa notícia é que você pode fazer muito além do seu trabalho formal — desde que, claro, tenha conhecimento para isso. Algumas possibilidades são:
– Dar aulas particulares de reforço;
– Escrever sobre temas relacionados à sua área;
– Trabalhar com recepção, fotografia e divulgação de eventos;
– Normatizar trabalhos acadêmicos segundo a ABNT.
5. ELIMINE O CARTÃO DE CRÉDITO
Ter um cartão de crédito pode até ser uma segurança a mais no caso de surgirem emergências financeiras, mas nunca deve ser sua principal forma de fazer compras. A verdade é que, como não sentimos o dinheiro saindo da conta (a não ser quando a fatura chega), o cartão acaba se tornando uma grande tentação para os gastos.
Tente, então, manter seu cartão de crédito zerado, só lançando mão dele quando for realmente necessário. Para evitar comprar por impulso, deixe-o em casa quando sair. Não tenha dúvida: é mais fácil controlar as despesas quando você está com o dinheiro vivo nas mãos. Para ter um norte, estabeleça um valor máximo para os gastos semanais e saque o dinheiro no caixa eletrônico. Assim, você consegue ter uma noção melhor de quanto está gastando em casa e por onde pode começar a economizar.
6. TENHA SAÚDE EM DOBRO
Quem fuma ou toma uma cervejinha com frequência sabe o quanto esses hábitos são caros. Por isso, abrir mão deles pode mudar radicalmente sua realidade financeira. E não se engane: não são só as bebidas e o cigarro que fazem mal à saúde e ao bolso! Refrigerantes, café e doces também podem ser prejudiciais se consumidos em excesso. E ainda geram despesas significativas no orçamento!
Vamos fazer uma conta juntos? Uma carteira de cigarro custa em média, hoje, 8 reais. Assim, se você fuma um maço por dia, gasta aproximadamente 240 reais por mês. Isso sem contar que esse hábito ainda gera despesas com:
– Saúde bucal, para eliminar o cheiro forte e as manchas nos dentes;
– Problemas respiratórios, com idas mais frequentes ao médico, gripes e resfriados mais constantes;
– Deslocamento, já que quem fuma tem menos disposição física para corridas e caminhadas.
Deixando de fumar, portanto, você não economiza apenas 240 reais — o que, por si só, já seria uma boa ajuda no pagamento das mensalidades de sua nova casa. É preciso somar a esse valor as consultas médicas e odontológicas, os remédios e custos com combustível e passagens de ônibus para destinos que você poderia seguir a pé ou de bike.
Já que estamos falando de saúde, outro empurrãozinho que você pode dar para ajudar tanto seu bem-estar como suas finanças é começar a caminhar mais. Em vez de pegar o ônibus ou o carro para ir trabalhar, que tal sair um pouco mais cedo de casa e fazer o trajeto a pé?
7. FECHE A CONTA
Deixe para assumir dívidas maiores quando não estiver comprometido com outros gastos. Quite suas parcelas em aberto (pelo menos as mais altas, que pesam mais no orçamento) antes de colocar as despesas com o novo imóvel em sua planilha de custos.
E não esqueça que boa parte das linhas de crédito imobiliário permite o financiamento de apenas 80% do valor do imóvel. Isso significa que você precisa de 20% do total disponível para dar entrada. Assim, se já tiver uma ideia do valor do imóvel que pretende comprar, fica fácil saber quanto será preciso guardar para a entrada e quanto tempo levará para juntar esse dinheiro.
Como você viu, economizar pode exigir mudanças. É preciso ter em mente que o fruto desse sacrifício é a realização de um sonho. Aprenda qual a melhor forma de juntar dinheiro para seu caso e escolha a alternativa mais viável para seu bolso! Se não tem pressa para mudar e pretende iniciar o investimento sem gastar muito com parcelas, um consórcio pode ser a melhor solução.