O ministério das Comunicações (MCom) realiza amanhã, dia 5, em Cuiabá, a Blitz da Telefonia Móvel, na qual uma viatura da Anatel irá medir a qualidade do sinal e taxa de download das faixas 4G e 5G das operadoras Claro, Tim e Vivo.
A blitz foi provocada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia que esteve em reunião com o ministro das comunicações, Juscelino Filho, e apresentou a grande demanda de reclamações quanto à má prestação de serviço das operadoras em Mato Grosso.
A blitz começará pela região da grande CPA, próximo ao terminal rodoviário do CPA1. Em seguida, deslocará para o bairro Tijucal, próximo à praça do Setor 2.
“Essa blitz é um reconhecimento do problema na telefonia móvel em Mato Grosso, o que é um grande passo. Com essa ação será possível demonstrar o problema com sinal enfrentado pela população, para que o ministério possa buscar alternativas e melhorar a telefonia no nosso estado”, afirma o deputado Diego Guimarães.
Em junho, levantamento de dados preliminares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia Móvel apontava para um déficit de 1.920 antenas em Mato Grosso. A insuficiência dos serviços em termos de número de antenas por habitante toma por base critérios da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel).
De acordo com a Abrintel, é aceitável o número de 1000 habitantes por antena, o que não é praticado em Mato Grosso, uma vez que 1.641 antenas estão atualmente instaladas no território mato-grossense, conforme levantamento feito junto à Conexis, entidade que reúne as empresas de telecomunicações e de conectividade. O ideal para a atender à população de todo o Estado seria o funcionamento de 3.557 antenas.
Leia também: CPI da Telefonia quer proibir importunação de operadoras em Mato Grosso
Em Cuiabá, o déficit é de 208 antenas. Atualmente com 623.614 habitantes, a Capital possui apenas 416 antenas, quando o ideal seriam 624. Outros municípios com maior densidade populacional também ficam para trás no quesito tecnologia. Várzea Grande com 290.383 habitantes desfruta do sinal de apenas 136 antenas, quando o ideal seriam 290. Rondonópolis, terceira maior cidade do Estado, precisaria de 236 antenas, mas hoje apenas 136 estão instaladas na cidade, 100 a menos do que é recomendado.
Em situação mais crítica, Colniza, com 41.117 habitantes deveria possuir 41 Estações de Rádio Base e atualmente apenas três estão instaladas. Em Vila Rica não é diferente, com a necessidade de 26 antenas, só existem três para atender à população de 26.496 habitantes. Campinápolis com 16.919 habitantes possuí apenas duas antenas, quando 17 seriam o ideal e Juara com 35.275 mil habitantes conta com apenas cinco antenas quando precisaria de 35.
Cidades do extremo norte do Estado despontam com os maiores déficits proporcionais, como Peixoto de Azevedo com seis torres quando o número ideal seriam 36 e Guarantã do Norte com sete torres quando precisaria de 36 para atender os 36.130 mil habitantes. Em Água Boa o problema é ainda maior, apenas sete antenas cobrem a demanda por telefonia móvel, quando o ideal seriam 26 antenas para emitir sinal de telefonia móvel para os 25.721 habitantes.
Além do déficit, o problema pode ser mais profundo, uma vez que cidades, teoricamente com número de torres próximo ao ideal, têm reiteradamente informado à CPI acerca das falhas e da ausência de sinal constante. Um exemplo é Santa Rita do Trivelato que demonstra ter quatro torres, sendo duas da operadora Claro e duas da Tim, mas na cidade apenas uma operadora funciona e com qualidade de sinal reduzida, de acordo com reclamações já protocoladas na comissão.
CLIQUE AQUI E VEJA MAIS NOTÍCIAS DE POLÍTICA E DESENVOLVIMENTO