Em queda desde o mês de setembro do ano passado, a pesquisa que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), com referência ao mês de janeiro de 2023, apresentou leve recuo, de -0,5%, sobre o mês anterior, computando 76,9 pontos. No entanto, o índice apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF/MT), se mantém acima do registrado em janeiro de 2022, quando o índice mostrava 73 pontos, um crescimento de 5% nessa comparação.
O presidente da Fecomércio/MT, José Wenceslau de Souza Júnior, afirma que o nível de consumo tende a ser menor no início do ano. “É comum que as pessoas diminuam o consumo neste período, em razão dos muitos impostos cobrados logo nos primeiros meses do ano. Ainda assim, o índice atual está maior do que o verificado em janeiro de 2022, o que é positivo”.
É o que constata a análise do IPF/MT sobre a queda do índice geral no comparativo com o mês de dezembro de 2022, que pode ser reflexo do fim do período festivo e das perspectivas de planejamento financeiro da população para o início do ano.
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Mesmo a maioria dos subíndices apresentando crescimento, como é o caso do Emprego Atual (3%), Perspectiva Profissional (0,04%), Renda Atual (6,5%) e Momento para Duráveis (5%), os que registraram retração mensal se sobressaíram, como foi com o Acesso ao Crédito (-6,1%), Nível de Consumo Atual (-12%) e Perspectiva de Consumo (-9,6%).
A forte queda para o componente que monitora a perspectiva para o consumo das famílias pode ser explicada pelo fato de a próxima data comemorativa ser somente em abril, na Páscoa.
No entanto, Wenceslau Júnior enaltece o aumento observado em subíndices ligados à renda e ao emprego. “Este crescimento nos mostra que a população tem conseguido, além de preservar seus empregos, ser inseridos, novamente no mercado de trabalho, o que pode fomentar futuramente a economia de Cuiabá e manter boas perspectivas de consumo ao longo do ano”.