Recebi do economista Maurício Munhoz, um economista com credibilidade muito boa pela seriedade como trata os temas econômicos do Estado, uma parte de sua pesquisa sobre a energia como indicador do desempenho de Mato Grosso.
“Cito abaixo o que ele diz: “Estou lançando aqui pelas redes sociais alguns dados de um estudo que desenvolvo para demonstrar que Mato Grosso é o melhor espaço econômico do país. Como o PIB divulga tardiamente os dados, usei a energia como base. Vejam: Enquanto o consumo total de energia no país cresceu 69,44%, entre 2004 e São Paulo cresceu 49,14%”. “O consumo industrial no Brasil cresceu 32,99% o mesmo período de 2005 a junho de 2023. Mato Grosso cresceu 224,59%. Mato Grosso do Sul 118,46% e São Paulo 17,91%.”
“Já o consumo comercial no Brasil cresceu no mesmo período de 2004 a junho de 2023, 102,42%, em Mato Grosso cresceu 159,37% e Mato Grosso do Sul 80,53%”.
Dois indicadores são muito relevantes no cálculo do PIB – Produto Interno Bruto. O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. Todos os países calculam o seu PIB nas suas respectivas moedas. O PIB do Brasil em 2022, por exemplo, foi de R$ 9,9 trilhões. Os cálculos são trimestrais e divulgados ano a ano.
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A partir de 1994, o agronegócio entrou efetivamente na agenda econômica de Mato Grosso como seu carro-chefe. Nesse intervalo sofreu profundas mudanças, incluindo algumas crises poderosas como a do câmbio em 2005. A entrada da China no mercado internacional como grande comprador de produtos do agro a partir de 2000 puxou fortemente a atividade. Mesmo considerando as crises constantes em diversos graus, o setor vem crescendo muito e continua puxando a tendência da economia estadual.
Maurício Munhoz levantou neste setor o estudo da energia, mas o levantamento quando concluído mostrará uma evolução muito forte dentro da economia nacional. E, certamente, tendências de crescimento que fazem e farão de Mato Grosso uma ilha de referência no Brasil. Isso é relevante porque 20 anos, a considerar 1994 como data de início, temos um crescimento digno das economias do primeiro mundo.
Fica a considerar para o futuro os impactos da industrialização. Bom referenciar a industrialização do milho para produção de etanol e de rações. Cada cadeia decorrente se desdobra e desdobrará em outras, uma sequência extraordinária. Cenários, muito promissores.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
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