Dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados pelo IBGE, mostram que Mato Grosso segue liderando a dinâmica nacional no setor de serviços. Além de expansões mensais ao longo desse ano, o setor acumula alta de 17% nos sete primeiros meses de 2023 ante igual intervalo do ano passado.
Além de ser a melhor performance do Brasil, Mato Grosso ainda exibe crescimento de 30,5% na comparação com julho de ano passado e de 3% frente a junho.
No País, em julho, o volume de serviços prestados cresceu 0,5% frente ao mês anterior. É a terceira variação positiva seguida do indicador, que acumulou ganho de 2,2% no período. Três das cinco atividades pesquisadas ficaram no campo positivo, com destaque para os transportes (0,6%), setor com o maior impacto sobre o resultado geral do índice.
“Uma das explicações para o crescimento da atividade de transporte rodoviário de cargas desde o pós-pandemia é a mudança de paradigma em relação ao comércio eletrônico, que teve um boom com a migração das lojas físicas para as plataformas digitais. Hoje esse fator perde para a questão agrícola, uma vez que o LSPA vem prevendo uma série de recordes de safra para o milho e a soja. Isso aumenta muito a demanda do transporte de cargas, tanto pelo fluxo de insumos, como os fertilizantes, quanto pelo próprio escoamento da produção agrícola “, explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Regionalmente, a menor parte (13) das 27 unidades da federação assinalou expansão no volume de serviços em julho de 2023, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o avanço observado no resultado do Brasil (0,5%). Entre os locais que apontaram taxas positivas nesse mês, os impactos mais importantes vieram do Rio de Janeiro (1,4%) e de Goiás (5,6%), seguidos por Bahia (2,9%), Mato Grosso (3,0%) e Ceará (3,3%). Em contrapartida, Distrito Federal (-2,9%), São Paulo (-0,1%), Pará (-3,0%), Rio Grande do Sul (-0,6%) e Espírito Santo (-1,8%) exerceram as principais influências negativas do mês.
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Na comparação com igual mês do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (3,5%) foi acompanhado por 25 das 27 unidades da federação. As principais contribuições positivas ficaram com Minas Gerais (10,7%), Paraná (13,7%) e Mato Grosso (30,5%), seguidos por Rio de Janeiro (3,7%), Santa Catarina (8,9%) e Bahia (10,3%). Em sentido oposto, São Paulo (-2,1%) assinalou o resultado negativo mais relevante do mês.
No acumulado de janeiro a julho de 2023, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (4,5%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 25 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. Os principais impactos positivos em termos regionais ocorreram em Minas Gerais (9,4%), Rio de Janeiro (5,3%) e Paraná (12,1%), seguidos por São Paulo (0,8%), Santa Catarina (10,7%) e Rio Grande do Sul (7,2%). Por outro lado, Mato Grosso do Sul (-0,6%) e Amapá (-1,0%) registraram as únicas influências negativas sobre índice nacional.