Segundo relatório da Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia, o crescimento econômico gerado pela reforma da Previdência beneficiará principalmente os 50% mais pobres da população.
No mês passado, o órgão tinha distribuído nota técnica na qual calculou que a economia cresceria 3,3% em 2023 com a aprovação total da reforma da Previdência, 2,3% com a aprovação parcial e encolheria 1,8% com as regras atuais.
A aprovação integral das novas regras poderia gerar até 8 milhões de empregos formais nos próximos quatro anos, mas o ministério não tinha divulgado a distribuição desse crescimento por classes sociais.
O levantamento dividiu a população em dez segmentos, em que o menor corresponde aos 10% mais pobres, e o maior, aos 10% mais ricos, e analisou o aumento da renda em cada faixa em dois cenários.
De acordo com a nota técnica, a renda per capita cresceria mais entre os 50% mais pobres da população: de 3,07% por ano em média para o segmento entre 40% e 50% mais pobres a 3,48% por ano para os 10% mais desfavorecidos.
Entre os 50% mais ricos, a renda per capita também subiria, mas em ritmo menor: de 3% ao ano para a faixa entre 40% e 50% mais ricos a 2,63% ao ano entre os 10% mais ricos.