De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), os emplacamentos de veículos zero quilômetro apresentaram retração de 15,48% em janeiro, em Mato Grosso, quando comparados ao mesmo momento do ano passado.
Considerando todos os segmentos – auto, comercial leve, caminhão, ônibus, moto e implementos rodoviários – as concessionárias mato-grossenses comercializaram 6.565 unidades no primeiro mês do ano contra 7.767 em igual mês de 2021. Já em relação a dezembro, na comparação mensal, a retração é ainda maior, chega a 29,64%, pois naquele momento o saldo de vendas contabilizou 9.330 unidades.
Nesse primeiro balanço do ano, 40% das vendas no Estado foram de modelos do segmento de auto e comerciais leves, o maior share do mercado local de zero quilômetros, somando 2.656 unidades. As motos somaram 2.506 unidades e responderam por 38,17% do total de comercializações de Mato Grosso, em janeiro.
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No País, conforme a Fenabrave, na comparação com dezembro 2021, o saldo nacional aponta queda de 31,64%. Já em relação janeiro de 2021, a baixa foi de 15,79%. “O resultado é conjuntural e acontece, principalmente, em função dos baixos estoques das concessionárias, em dezembro, da persistente falta de produtos – ainda provocada pela escassez de insumos e componentes – e, também, devido à sazonalidade do período. Além desses fatores, a alta nas taxas de juros restringiu a aprovação de crédito para financiamentos e, também, tivemos queda na renda do consumidor, pelo aumento da inflação, em que pese tenhamos tido melhora dos níveis de emprego no país. Avaliando a sazonalidade, lembro que, em janeiro, a renda familiar fica mais comprometida, em função dos impostos e gastos com matrículas e materiais escolares, por exemplo, o que acaba afetando a decisão de compra do consumidor”, explica José Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave.
Também as fortes chuvas, que vêm ocorrendo em várias localidades do País, assim como o aumento do contágio das pessoas, pela variante Ômicron, têm provocado queda na passagem de loja, segundo avaliação do presidente da entidade.
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