O novo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Newton Araújo Silva Júnior, que é funcionário de carreira da empresa há 40 anos, disse recentemente, que a Conab tem atualmente 178 armazéns, dos quais 67 estão subutilizados e, num estudo preliminar, podem ser leiloados ou mesmo cedidos à iniciativa privada por meio de permutas. “É preciso tirar essa gordura da companhia para fazê-la se fortalecer”.
A desmobilização do patrimônio será rápida e ocorrerá já nos próximos meses. Segundo ele, a Conab dispõe de orçamento de R$ 1,5 bilhão para equalização dos preços dos produtos da safra.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina acrescentou que parte dos armazéns da companhia será leiloada nos próximos meses e também considera que a rede de armazenamento da Conab é grande, antiga e deixou de fazer sentido mantê-la num momento em que os traders do setor agropecuário são mais ágeis e possuem esquemas mais modernos de armazenagem e escoamento da produção.
“Precisamos que a Conab dê atenção às coisas para as quais ela é imprescindível, como trabalhar mais perto do produtor, fazendo previsão de safra, estatísticas e prestando as informações oficiais sobre o setor, que são ferramentas essenciais para cuidarmos das políticas públicas”, disse a ministra. “Não podemos ter empresas públicas com um patrimônio enorme, porque custa mais caro mantê-lo do que a sua utilidade”, explicou.
A ministra disse aos servidores da Conab que não haverá mudanças radicais na companhia, mas uma modernização de sua estrutura e de suas práticas administrativas. Segundo ela, ninguém vai impor coisas na companhia de cima para baixo, pois tudo será discutido com a diretoria, o conselho administrativo e todos os envolvidos. Disse que a proximidade entre o Ministério da Agricultura e a Conab precisa ser cada vez maior, em prol da agropecuária brasileira. A informação é da assessoria.