Os produtores de milho deverão colher na segunda safra do cereal 87,4 milhões de toneladas (t) na temporada 2021/22 e quase 50% desse volume recorde estão saindo das lavouras de Mato Grosso, maior produtor nacional do cereal. Conforme aponta o 11º Levantamento da Safra de Grãos, ontem, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Estado serão 41,10 milhões, produção recorde e 25,3% acima do que havia sido contabilizado na safra anterior. A safra mato-grossense vai representar 47% do milho nacional.
Conforme os técnicos da Conab, com o bom desempenho das lavouras, a atual estimativa da Companhia para a produção total de grãos para esta temporada está em 271,4 milhões de toneladas, acréscimo de 6,2% ao colhido em 2020/21, ou seja, 15,9 milhões de toneladas.
A colheita do milho segunda safra segue avançando e ultrapassa 79% da área plantada, como indica o Progresso de Safra publicado pela estatal nesta semana. Se confirmado, o volume estimado para a segunda safra de milho representa a maior produção registrada na série histórica. O número já considera a redução de produtividade, quando comparado com o levantamento anterior, devido ao impacto da falta de chuva e ataques de pragas em importantes regiões produtoras, como o Paraná. Em relação ao ciclo anterior, o aumento na produção chega a 44%.
Leia também: Indústrias mato-grossenses realizam mais uma exportação de DDG do milho
Esse penúltimo levantamento da safra 2021/22, mantém Mato Grosso como o maior produtor nacional de grãos e algodão, atingindo nesta temporada um novo recorde: 85,98 milhões t. Se confirmado esse volume haverá um ganho anual de 17,7% em relação ao que foi consolidado no ciclo passado, 73,07 milhões t.
O milho foi apontado desde os primeiros levantamentos como a cultura de maior crescimento em Mato Grosso. De uma safra a outra a expansão anual é de 25,3%. Já a soja, somou 40,74 milhões t e alta de 20%. O algodão deve contabilizar 1,94 milhões t de pluma, expansão de 11,6% em relação ao ano passado.
O levantamento da Conab destaca o andamento da colheita da fibra sob condições climáticas favoráveis, com os trabalhos realizados em mais de 67% da área cultivada e a finalização estimada para setembro. Se por um lado o clima afetou a produtividade em algumas lavouras devido ao estresse hídrico, por outro, o tempo seco observado na maioria das regiões produtoras influenciou de maneira positiva a qualidade do produto final. De acordo com o levantamento da Conab, a expectativa é de uma colheita de 2,74 milhões de toneladas da pluma do algodão, 16% superior à safra passada.
Leia mais: Preço do milho acumula queda na maioria das praças brasileiras