Eleições gerais em 2022. Governantes e parlamentares com a missão de conduzir o Brasil no furacão que já nos atropela depois do fim da pandemia.
Em 2022, o Brasil e boa parte do mundo já enfrenta um mundo completamente novo navegando dentro de um furacão de transformações. Mas aqui em nosso país, o próximo presidente da República, os governadores terão cenários novos pela frente. Porém é no poder Legislativo, com a eleição das bancadas estaduais de deputados, de deputados federais e de um senador, enfrentarão um mar revolto. País cansado da política, do perfil e do comportamento dos políticos.
Para compreendermos a relevância do papel legislativo no próximo mandato seguem abaixo algumas anotações sobre o tipo de país e de demandas que eles terão que enfrentar. Logo, não podemos eleger “postes” da conveniência dos velhos partidos políticos e nem dos “donos do poder”. Segue algumas demandas legislativas de 2023 em diante:
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1 – Abrir discussões para a re-construção da Constituição Federal, revendo aspectos essenciais como o modelo atual da federação brasileira, abrindo autonomia para os estados e municípios:
2 – Reformas tributária, previdenciária, administrativa e ampla rediscussão política, especialmente reinventando o sistema de partidos políticos. Os atuais estão no necrotério em processo de necropsia;
3 – Privatizar tudo o que não for papel essencial do Estado;
4 – Tratar de questões como assuntos indígenas, étnicos, gênero e ambientais sem o ranço ideológico ou corporativo e negocial de hoje;
5 – Eliminar penduricalhos que transformam os poderes da República em corporações dominadas por interesses políticos, negociais e econômicos;
6- Rever completamente a educação fora dos padrões rígidos de hoje. O mundo dos negócios, da economia privada e pública da vasta tecnologia pedem currículos adequados ao mercado e não ao academicismo histórico brasileiro. A maioria dos cursos universitários atuais são ultrapassados e desnecessários. O novo mercado pede estruturas educacionais novas. Prioridade absoluta à educação profissionalizante:
7 – Reduzir o papel e a influência do Estado em assuntos graves do interesse da sociedade brasileira. Hoje a influência prejudica profundamente os negócios, a imagem do país no mundo, e pouco contribui com o desenvolvimento. O Estado é burocrático, pesado, caro, corrupto e ineficiente. Está na contramão do presente e do futuro;
8 – Os parlamentares precisarão compreender que o sistema atual de “embromação” no trato dos assuntos nacionais simples ou estratégicos já venceu faz horas. Parlamentos caros e de pouco utilidade;
9 – Finalmente, os parlamentares precisam aplicar-se a tratar de leis legítimas para o interesse coletivo, respeitar a sociedade que os elegeu, fiscalizar e não extorquir os governos. Parlamentares práticos e pragmáticos;
10 – O Legislativo deve compreender que as redes sociais e a indignação do povo brasileiro vai cobrar pesado os parlamentares. Quem não se enquadrar nesse figurino sofrerá pesadas consequências durante e depois do mandato.
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Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso