O primeiro bimestre do ano não foi muito positivo na criação de empregos em Mato Grosso.
Foram 13.381 novas vagas de empregos formais, aqueles com carteira assinada, só que na comparação com o mesmo acumulado do ano passado – quando o período fechou com 15.095 frentes de trabalho – houve perda do nível de empregabilidade em 11,35%.
A geração de empregos no acumulado de janeiro e fevereiro é o maior dos últimos três anos, já que em 2016 a oferta somou 11.052. Em 2017 foram 14.232 novas vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e divulgados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
O mês de fevereiro teve a pior perfomance da série histórica local para o mês, desde 2004, ao ofertar 1.579 novas vagas. Somente a agropecuária cortou 1.090 postos no mês passado, o que contribuiu para o aumento das demissões. O saldo de 1.579 novas vagas resulta da movimentação do mercado formal de trabalho no período analisado, quando foram contratadas 33.267 pessoas, mas demitidas 31.688 pessoas.
Entre fevereiro de 2019 e fevereiro de 2018 a oferta de empregos despencou em mais de 66,5%, com as vagas saindo de 4.721 no passado para atuais 1.579 vagas. Por atividade econômica, a agropecuária eliminou sozinha 1.090 vagas e junto com o corte de 52 postos promovido pela construção civil, foram os únicos setores com desempenho negativo. Na outra ponta, serviços foi o maior empregador com a geração de 1.400 novos postos, seguido pelo comércio com outras 640 vagas criadas e indústria com mais 595 postos.
O Brasil registrou a abertura de 173.139 novos postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro. O saldo desse mês é o sexto melhor da série histórica do cadastro desde 1992.
O resultado de fevereiro de 2019 está relacionado em boa parte à maior geração de empregos nos setores da Indústria de Transformação e Construção Civil, nos quais a retomada do crescimento se mostrava mais lenta que nos setores de Serviços e Comércio.
Em âmbito regional, a melhora no emprego foi verificada em todas as regiões, à exceção do Nordeste. No Sudeste, a expansão foi de 0,51%, com geração de 101.649 vagas formais. Na sequência aparecem as regiões Sul (66.021), Centro-Oeste (14.316) e Norte (3.594). No Nordeste, o saldo foi negativo em 12.441 postos.
Entre os Estados, os maiores saldos ocorreram em São Paulo (62.339), Minas Gerais (26.016), Santa Catarina (25.104), Rio Grande do Sul (22.463) e Paraná (18.254). O maior recuo ocorreu em Pernambuco, influenciado pela queda sazonal do emprego na produção da cana de açúcar (-12.396 postos).